A Polícia Civil de Várzea Grande, Mato Grosso, deflagrou uma operação na noite desta quarta-feira (8) que resultou na prisão em flagrante de três suspeitos de integrarem uma associação criminosa especializada na aplicação do golpe do falso perfil no WhatsApp. Os detidos, dois homens e uma mulher, atuavam na recepção dos valores obtidos através dos crimes em suas contas bancárias.
Investigações e Modus Operandi
As investigações tiveram início após o registro de um boletim de ocorrência por uma vítima que relatou ter sido lesada em R$ 45 mil pelo golpe. Os criminosos clonaram o WhatsApp do filho da vítima, obtendo informações sobre a compra de um veículo que ele estava realizando.
Em seguida, criaram um perfil falso com a foto do filho da vítima e iniciaram contato com a mesma, solicitando transferências bancárias para a suposta compra do veículo. A vítima, acreditando se tratar do filho, realizou duas transferências, totalizando R$ 45 mil, para contas distintas indicadas pelos golpistas.
Após a tentativa de uma terceira transferência para o pagamento do “seguro do veículo”, a vítima conversou com o filho e percebeu ter sido vítima do golpe.
Com base nas informações da vítima, os policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf-VG) realizaram diligências e prenderam em flagrante os três suspeitos responsáveis pelas contas bancárias que receberam os valores dos golpes.
Conexão com associação criminosa
A delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes de Souza, revelou que os presos integram uma associação criminosa composta por pelo menos oito indivíduos, que vinham aplicando diversos golpes na região desde a semana anterior. Outra vítima relatou ter tido o WhatsApp clonado e seus amigos terem realizado transferências para os criminosos, valores que chegaram a R$ 20 mil.
“Embora os presos aleguem ter apenas vendido suas contas bancárias, ficou claro que integram a associação criminosa. A conduta dos autuados é crucial para que o grupo obtenha o lucro dos crimes, configurando estelionato e lavagem de dinheiro”, afirmou a delegada.
A ação da Polícia Civil demonstra o compromisso da instituição no combate aos crimes cibernéticos e na proteção da população. A investigação continua em andamento para identificar e capturar outros membros da associação criminosa.