Em uma ação contundente contra o crime organizado, a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (19) a Operação Mercado Paralelo. A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis, desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro que funcionava dentro da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, na mesma cidade.
Tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
As investigações iniciaram em 2020 e revelaram que dois detentos da penitenciária comandavam o tráfico de drogas dentro da unidade prisional. Para lavar o dinheiro obtido com a venda de entorpecentes, os criminosos utilizavam um mercadinho clandestino como fachada.
O mercadinho funcionava dentro do presídio e era abastecido com produtos comprados com o dinheiro do tráfico. Os produtos eram revendidos a preços exorbitantes, gerando lucro para os criminosos e servindo como forma de lavagem de dinheiro.
A investigação identificou a companheira de um dos presos como peça fundamental no esquema. Ela era responsável por fazer depósitos bancários dos valores arrecadados com o tráfico, além de levar drogas para dentro da penitenciária. Em 2020, ela foi detida em flagrante com mais de R$ 5 mil em espécie.
Operação Erga Omnes
A Operação Mercado Paralelo faz parte da Operação Erga Omnes, um planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para o combate ao crime organizado. A ação integrada contou com o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e afastamento de sigilos bancários.
A desarticulação do esquema de lavagem de dinheiro demonstra o compromisso da Polícia Civil de Mato Grosso com o combate ao crime organizado. A investigação minuciosa e a ação integrada das equipes policiais resultaram na prisão de envolvidos e no desmantelamento de uma organização criminosa que atuava dentro do sistema prisional.
A Operação Mercado Paralelo representa um importante passo no combate ao crime organizado em Mato Grosso. A ação da Polícia Civil demonstra a capacidade de identificar e desarticular esquemas criminosos complexos, mesmo dentro do sistema prisional. A investigação também serve como um alerta para os riscos da lavagem de dinheiro e da utilização de fachadas como forma de ocultar atividades ilícitas.