*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, dia 31 de outubro, pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, FICCO-MT, a Operação Rota do Sertão, com o intuito de cumprir oito mandados de prisão e de buscas e sequestro de bens.
O alvo da ação policial é um grupo criminoso que atuaria no transporte de droga e de madeira ilegal para o Nordeste do Brasil. Eles ainda são acusados de adulteração de veículos, lavagem de dinheiro e crimes ligados ao Meio Ambiente.
Os crimes seriam idealizados e comandados por criminosos na cidade de Sinop, mas o foco da operação Rota do Sertão também são outros municípios, onde os bandidos também atuavam conjuntamente: Lucas do Rio Verde, Sorriso, Guarantã do Norte e Tapurah.
Mandados de prisão temporárias e seis mandados de busca estão sendo cumpridos contra o crime organizado. Além disso, houve o sequestro de 22 carretas e 4 veículos de passeio avaliados em cerca de R$ 10 milhões de reais.
As medidas cautelares são da Quinta Vara Criminal de Sinop.
Além do comércio de entorpecentes, a quadrilha também atuava no transporte de madeira ilegal para o sudeste. Uma abordagem policial em Goiânia (GO) levou a apreensão de carga de madeira transportada sem documentação ambiental regular, o que representa crime ambiental.
INVESTIGAÇÃO QUE LEVOU A OPERAÇÃO DEFLAGRADA
Foram apreendidos durante a investigação dos crimes, carga de 800 quilos de cloridrato de cocaína, quando a droga estava sendo transportada na cidade de Picos (PI). O transporte estava sendo feito de caminhão e a carga seguia para o porto de Pecém, no Ceará.
O entorpecente foi comprado na fronteira com a Bolívia até Sinop. E quando chegou ao município foi feito o carregamento em outra caminhão, com cargas de milho. Os bandidos realizavam a troca do veículo para não serem interceptados pela polícia e o veículo que vinha da fronteira não levantasse suspeitas.
A polícia ainda encontrou em uma oficina, na cidade de Sorriso, carreta dada como roubada, que estava sendo desmontada. As peças serviriam para outro veículo, que pertencia aos acusados pelo esquema. O veículo foi apreendido e o dono da oficina foi detido em flagrante delito.
O grupo criminoso ainda usava empresas de fachada para lavarem o dinheiro do crime.