Sêmia Mauad/ Opinião MT
Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, dia 26 de setembro, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a Operação Caixa Preta para o cumprimento de 7 mandados de busca e apreensão contra grupo acusado de envolvimento nos seguintes crimes: estelionato, associação criminosa, falsidade documental e lavagem de dinheiro. A ação está sendo realizada em Nova Mutum, interior do estado.
O principal alvo da polícia é uma loja de venda de veículos de luxo, que é de propriedade de um dos investigados.
A polícia chegou até as empresas depois de uma denúncia de uma pessoa que teria comprado um carro de luxo com a quadrilha e não recebeu o veículo. A vítima chegou a pagar duas parcelas de R$ 18 mil, mas como o veículo não foi entregue, ele parou de efetuar o pagamento. O mesmo carro que a vítima diz ter comprado, estava sendo vendido em outra loja. Segundo a vítima, por várias vezes foi questionado sobre a entrega do carro, e a garagem afirmava que precisava resolver problema de documentação para entrega do veículo ao mesmo. Como a vítima não pagou pelo carro, a dívida com a financeira, chega a R$ 500 mil reais. O fato ocorreu em 2022.
A investigação ainda apontou uma transação de veículo do mesmo modelo alienado sem conhecimento do dono antigo. O nome dele ainda constava na certidão e no licenciamento no Detran. A polícia descobriu ainda que este carro havia sido financiado por um dos investigados que teria renda de R$ 6 mil, o que significa que ele não teria condições financeiras de arcar com o valor do veículo. Na prática, ele seria uma espécie de laranja.
O grupo abriu a empresa e vendia carros populares. Um ano depois foi aberta uma segunda empresa, ofertando veículos que incluíam carros de luxo. Seis meses depois a mesma empresa, tinha uma terceira loja, com venda somente de carros de alto padrão.
Outras empresas também estão sendo investigadas depois que os policiais descobriram grandes transações financeiras realizadas pelo grupo.
Uma loja de acessórios femininos chegou a movimentar pelo menos R$ 6 milhões de reais em 2 meses.