*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Uma das linhas de investigação da polícia, que apura o assassinato da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, é que o crime tenha sido encomendado pelo padrasto da vítima. A mãe dela e o acusado Benedito Anunciação , que não aceitava o fim do relacionamento e teria contratado os adolescentes para realizar o feminicídio.
O corpo da adolescente foi encontrado dentro de um poço, em uma região de mata, que fica no Ribeirão do Lipa, na capital. Ela foi sequestrada por três bandidos, que simularam um assalto. A mãe da menor chegou a ser agredida pelos bandidos. O carro dela foi levado e a adolescente sequestrada e morta pelos criminosos em seguida.
Informações da polícia, indicam que a adolescente morreu asfixiada. Os pés e as mãos dela estavam amarrados com fios de carregador de celular.
O carro levado pelos criminosos já foi recuperado pela polícia.
A MÃE DA ADOLESCENTE FOI DELEGACIA PRESTAR DEPOIMENTO
Esteve na manhã desta quarta-feira, dia 23 de abril, na Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa, DHPP, a mãe da adolescente de 16 anos que foi assassinada, Heloysa Maria de Alencastro Souza.
Quando chegou ao local, estava bastante emocionada e pedia justiça pelo homicídio da filha.
“Eu quero justiça pela minha filha”, disse chorando.
PAI E FILHO PRESOS POR ENVOLVIMENTO NA MORTE DA ADOLESCENTE; OUTROS DOIS SUSPEITOS TAMBÉM PARTICIPAM DO CRIME SEGUNDO A POLÍCIA
Quatro suspeitos, sendo o padrasto e outros três adolescentes, foram localizados pela polícia e suspeitos de envolvimento no assassinato de Heloyza Maria de Alencastro Souza.
O padrasto da menor, Benedito Anunciação foi preso enquanto estava em uma unidade de saúde com a mãe da menor que recebia atendimento médico. Ele foi levado para a delegacia.
O filho dele, de 18 anos, também tem participação no crime segundo a polícia. Gustavo Benedito Junior Lara de Santana é acusado de sequestrar e matar a menor. Ele foi detido na casa da avó dele, no Bairro Ribeirão do Lipa, onde a menor foi encontrada sem vida, com sinais de estrangulamento.
Tanto Benedito quanto Gustavo confessaram o crime. Segundo a polícia a motivação do crime seria um relacionamento amoroso envolvendo a jovem.
A polícia conseguiu localizar dois adolescentes de 16 e 17 anos envolvidos no crime.
A vítima foi sequestrada, morta e teve o corpo abandonado em um poço. O crime ocorreu na noite da última terça-feira, dia 22 de abril, em Cuiabá.
PADRASTO FOI EXONERADO
Benedito Anunciação Santana, era servidor comissionado da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Secitec, e segundo a pasta, o acusado pela morte da adolescente de 16 anos, já foi exonerado. Ele estava lotado na Gerência de Transportes e o salário bruto dele era de R$ 4.957,80.
Por meio de nota, o órgão se manifestou.
“A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec) informa que já exonerou o servidor preso por suspeita de envolvimento no sequestro e morte da adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, em Cuiabá, na noite de terça-feira (22). A Secitec presta todo apoio necessário à Polícia Civil e se solidariza com a família da vítima nesse momento trágico”, diz a nota.
PADRASTRO TENTOU DESPISTAR A POLÍCIA
O padrasto e servidor público, Benedito Assunciação Santana, de 40 anos, tentou encobrir a participação no assassinato da adolescente de 16 anos. Ele chegou a postar nas redes sociais um cartaz com a foto da menor com os dizeres: “Procurando Heloísa, aqui da Morada do Ouro”.
O CRIME
De acordo com a polícia, a adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza e a mãe dela, chegavam em casa quando foram abordadas pelos bandidos, no Bairro Morada do Ouro, na noite da última terça-feira, dia 22 de abril. A mãe dela chegou a ser agredida pelos três bandidos. Os suspeitos levaram o carro da mãe dela, e a menor.
A Polícia Militar foi chamada e chegou a realizar buscas pela vítima. O carro da mãe dela foi localizado nas proximidades do Ribeirão do Lipa. Alguns metros a frente, foi encontrado lençol e o corpo da adolescente dentro de um poço.
A menor foi encontrada com as mãos e as pernas amarradas.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga o caso.