Nesta segunda-feira (5), o dólar opera em alta significativa e o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registra queda acentuada. O movimento reflete o pânico global diante do temor crescente de uma recessão econômica iminente nos Estados Unidos.
Pânico Global: mercados internacionais em alerta
A tensão observada no mercado brasileiro acompanha uma tendência global. Na Ásia, as bolsas tiveram um dia de forte queda, destacando-se o principal índice do Japão, que recuou 12,40%, a maior queda percentual desde 1987. Na Europa, os principais índices também operam em baixa, refletindo a preocupação generalizada.
Nos Estados Unidos, os índices futuros apontavam uma queda de aproximadamente 2% no pré-mercado. Empresas de grande relevância, especialmente as gigantes do setor de tecnologia, apresentavam desvalorização em torno de 9%.
O desempenho negativo dos mercados é consequência direta da recente divulgação de dados econômicos decepcionantes nos Estados Unidos. O relatório de empregos, conhecido como payroll, mostrou a criação de apenas 114 mil vagas não agrícolas em julho, muito abaixo das 175 mil esperadas pelo mercado.
Além disso, os pedidos iniciais de seguro-desemprego aumentaram em 14 mil na semana passada, totalizando 249 mil, superando as projeções de 236 mil. Esses números reforçam a preocupação sobre a capacidade de recuperação da economia americana nos próximos meses, especialmente diante das taxas de juros elevadas mantidas pelo Federal Reserve.
Desempenho do Dólar
Às 10h45, o dólar registrava alta de 1,28%, cotado a R$ 5,7820, tendo alcançado a máxima de R$ 5,8641 durante o dia. Na última sexta-feira, a moeda norte-americana havia encerrado com uma leve queda de 0,45%, cotada a R$ 5,7091. Com os resultados recentes, o dólar acumula alta de 0,91% na semana, ganho de 0,97% no mês e valorização de 17,65% no ano.
Queda do Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,53%, situando-se nos 123.928 pontos. Na sexta-feira anterior, o índice havia fechado com uma queda de 1,21%, aos 125.854 pontos. Os números mostram um acumulado de queda de 1,32% na semana, recuo de 1,44% no mês e perdas de 6,24% no ano.
Os mercados estão em compasso de espera pela divulgação de novos indicadores econômicos dos Estados Unidos, após uma semana marcada por dados abaixo do esperado. O relatório de empregos (payroll) da última sexta-feira reportou a criação de 114 mil vagas não agrícolas em julho, bem abaixo das 175 mil previstas pelo mercado financeiro.
Esses dados se somaram ao aumento de 14 mil nos pedidos iniciais de seguro-desemprego, que totalizaram 249 mil, superando as projeções de 236 mil. Esses indicadores negativos aumentaram as incertezas sobre a resiliência da economia americana, especialmente com a manutenção das altas taxas de juros.