*Sêmia Mauad/ Opinião MT
O Tribunal do Júri condenou a 12 anos de prisão em regime fechado, Manoel Francisco Barroca. Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado, pela morte do próprio filho, Lukas Manoel de Lana Barroca, de 14 anos. O homem matou o adolescente com paulada na cabeça.
O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso e reconheceu que a morte do rapaz ocorreu por motivo fútil e sem qualquer chance de defesa da vítima: “Não se deve utilizar violência na educação dos filhos, muito menos com gravidade suficiente para matar. Segundo o réu, sua intenção era dar uma reprimenda educativa ao filho. Os jurados reconheceram que quem merece uma reprimenda educativa é o próprio réu”, reforçou o promotor de Justiça, Roberto Arroio Farinazzo Junior.
COMO O CRIME ACONTECEU
O assassinato do adolescente de 14 anos ocorreu em março de 2017, no Bairro Altos do Coxipó. Lukas morava com o pai, além da madrasta e da irmã de 8 anos.
A discussão que levou a morte do garoto foi devido a venda de um videogame, que o próprio garoto havia ganhado da mãe. Ele pretendia arrecadar dinheiro para consertar o aparelho de telefone celular.
Nervoso, o pai dele, Manoel Francisco, saiu da quitinete e voltou com um pedaço de pau na mão e afirmou que o filho não venderia o aparelho porque iria quebrá-lo.
O adolescente jogou o videogame no chão antes que o pai o quebrasse. Foi neste momento que Manoel desferiu uma paulada na cabeça do adolescente, levando-o a cair no chão desacordado.
Com a situação fora de controle, o pai viu a gravidade do ferimento, e pegou o filho no colo e levou o adolescente para receber atendimento na Policlínica do Coxipó. De lá foi transferido para o Pronto Socorro de Cuiabá, em coma, mas não resistiu e morreu dias depois da agressão.