A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Ankara, com o objetivo de combater a extração clandestina de madeira na Terra Indígena Aripuanã. A operação envolveu a execução de oito mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Aripuanã (MT), Espigão D’Oeste (RO) e Tocantins (MG).
Início da Operação
A operação teve como foco principal desmantelar uma rede criminosa especializada na extração e comercialização ilegal de madeira. Além dos mandados de busca, foi realizado o sequestro judicial de bens no valor total de R$ 1,2 milhão. Esses bens estão relacionados à recuperação de áreas degradadas, rendimentos ilícitos obtidos pelo grupo e movimentações financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro.
As investigações começaram em 2022, após uma fiscalização conjunta da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) próximo à Aldeia Paralelo 10, na Terra Indígena Aripuanã. Durante a operação, as autoridades abordaram um indivíduo conhecido como “Turco”, que dirigia uma caminhonete carregada de ferramentas para manutenção de maquinário pesado e documentos contábeis relacionados à extração de madeira.
No interior das áreas de exploração, a equipe policial encontrou várias toras de madeira prontas para serem transportadas, além de um trator esteira utilizado para a extração e corte de madeira. Essas descobertas evidenciaram a existência de uma operação organizada de desmatamento ilegal na região.
Envolvimento de organização criminosa
Com o avanço das investigações, a polícia descobriu uma organização criminosa que, além de praticar desmatamento e extração ilegal de madeira, também manipulava dados no sistema SISFLORA. Os criminosos registravam as transações e transportes de madeira como legais, facilitando sua comercialização no mercado interno. A operação contou ainda com a conivência de alguns indígenas, que colaboravam com o esquema.
As ações realizadas nesta quarta-feira marcam um passo importante na luta contra o desmatamento ilegal e a proteção do meio ambiente. A continuidade das investigações e a aplicação da lei são essenciais para garantir que os responsáveis sejam punidos e que as práticas criminosas sejam erradicadas.