*Sêmia Mauad/ Opinião MT
As investigações da Polícia Civil de Canarana sobre um suspeito que atua como médico e político no município ganharam um novo e alarmante desdobramento. A Delegacia de Canarana identificou mais duas vítimas, uma mulher adulta e sua filha menor de idade, em um caso que aponta para crimes de estupro, estupro de vulnerável e violência psicológica, com fortes indícios de um padrão de “escravidão sexual”.
Os elementos apurados até o momento sugerem que o investigado explorava a fragilidade emocional das vítimas, criando relações de dependência e subjugação que as levavam a atos que configuram escravidão sexual. As investigações indicam que esse mesmo padrão de abuso se repete com diferentes vítimas, especialmente mulheres adultas com filhas menores.
Uma das vítimas identificadas, de 29 anos, teria sofrido não apenas domínio psicológico, mas também coação por parte do suspeito, que supostamente produzia conteúdos íntimos e a impedia de resistir às suas exigências e avanços. A situação se agrava com a revelação de que o investigado teria demonstrado interesse na filha de 8 anos da vítima e, aproveitando-se do controle que exercia sobre a mãe, teria abusado sexualmente da menor.
Além disso, as apurações indicam que, mesmo após o término da relação abusiva, o suspeito teria forçado a vítima a manter relações sexuais contra sua vontade, mediante violência, em seu consultório localizado no PSF Mutirão.
Diante da gravidade e da consistência das evidências, a Polícia Civil instaurou um procedimento investigatório específico para dar prosseguimento às diligências e esclarecer completamente os fatos. O caso levanta sérias preocupações sobre o abuso de poder e a exploração de vulnerabilidades por parte de indivíduos em posições de influência.