Daiane Dias, ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como o suicida de Brasília, faleceu na madrugada desta terça-feira, 3 de novembro. Internada desde 17 de outubro por conta de queimaduras graves após incendiar duas residências, Daiane teve seu quadro de saúde agravado até não resistir. O caso traz à tona novos desdobramentos relacionados à explosiva tentativa de Francisco de atingir o Supremo Tribunal Federal (STF).
A morte de Daiane Dias e contexto da internação
Daiane Dias estava internada no Hospital Tereza Ramos, em Lages (SC), especializado no atendimento a vítimas de queimaduras. Segundo a Secretaria de Saúde de Santa Catarina, a morte foi confirmada em decorrência de complicações no estado clínico. Ela havia sofrido graves queimaduras ao incendiar duas residências, sendo uma delas a de Francisco Wanderley Luiz, em Rio do Sul, Santa Catarina.
A ação de Daiane trouxe à tona informações adicionais relacionadas ao caso de Francisco, que se tornou conhecido após tirar a própria vida em um ato que envolveu explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Durante depoimento à Polícia Federal, Daiane revelou detalhes inquietantes sobre os planos de Francisco Wanderley Luiz. Segundo seu relato, o chaveiro planejava atentar contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, utilizando explosivos. Daiane afirmou que o ataque visava não apenas o magistrado, mas também outras pessoas que estivessem no local no momento da explosão.
Essa revelação lança nova luz sobre os motivos por trás das ações de Francisco, que já havia demonstrado intenções radicais em postagens nas redes sociais antes de sua morte.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, trabalhava como chaveiro e residia em Rio do Sul. Ele ganhou notoriedade nacional em outubro ao protagonizar um ato suicida nas proximidades da Estátua da Justiça do STF. Francisco tentou detonar explosivos no local, mas acabou morrendo em meio à ação.
Além disso, um veículo de sua propriedade foi encontrado no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, contendo fogos de artifício e outros artefatos explosivos. A descoberta reforçou a gravidade de suas intenções, que foram amplamente divulgadas em mensagens nas redes sociais, com ameaças direcionadas a figuras públicas.
Mensagens e ameaças antecedentes
Antes de sua morte, Francisco publicou declarações polêmicas nas redes sociais, onde ameaçava detonar bombas contra alvos que incluíam políticos e jornalistas. Em uma de suas mensagens, ele deu um prazo de 72 horas para a Polícia Federal desativar os dispositivos, mencionando locais onde supostamente teria colocado explosivos. As ameaças incluíram nomes como William Bonner, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, gerando preocupação e mobilização das autoridades.
A morte de Daiane Dias marca mais um capítulo trágico em uma sequência de eventos que expôs a radicalização de Francisco Wanderley Luiz e suas conexões familiares. O caso continua sendo investigado pela Polícia Federal, que busca esclarecer todos os detalhes do plano arquitetado por Francisco, bem como o envolvimento de Daiane nos episódios subsequentes.