*Sêmia Mauad/ Opinião MT
A Polícia Federal aponta que o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, realizou transferências bancárias no calor de R$ 4 milhões de reais a assessor do Superior Tribunal de Justiça, STJ, que atuava no gabinete de duas ministras. Os valores repassados representariam propina.
Com a quebra dos sigilos bancários, a polícia descobriu as transferências que foram feitas entre a empresa de Andreson, Florais Transportes, que tem sede em Cuiabá, para a Marvam Logística, empresa ligada a esposa de Márcio Toledo Pinto, servidor investigado do STJ. O acusado está afastado desde o início das investigações.
A polícia encontrou 45 transferências bancárias realizadas entre maio de 2021 e dezembro de 2023.
“Analisando os dados bancários da empresa Florais Transportes, foram identificadas diversas transferências para a empresa Marvan Logística, o que aparentemente reflete na confirmação dos atos de corrupção praticados pelo servidor Márcio, por intermédio do lobista Andresson” é o que aponta trecho do relatório da Polícia Federal, que ainda complementa.
“Reputa-se ter restado devidamente evidenciada a lavagem de dinheiro instituída para operacionalizar os pagamento das propinas intermediadas por Andreson de Oliveira Gonçalves em benefício do servidor Márcio José Toledo.
As transações integram o relatório da Polícia Federal encaminhado ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento é sigiloso.
Essa prova seria a primeira que indica repasses financeiros realizados a servidores do órgão. A investigação realizada pela PF apura suspeitas de corrupção no tribunal com compra de sentenças. O STJ é considerado o segundo tribunal mais importante do Brasil.
O OUTRO LADO
As defesas do servidor Márcio Toledo afirma que não vai se manifestar sobre as suspeitas. Já a de Andreson não respondeu a respeito dos pagamentos efetuados.
No STJ foram instauradas investigações internas para apurar as suspeitas de influência nas decisões.