*Sêmia Mauad/Opinião MT
O juiz Jean Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, em decisão da última quinta-feira, dia 05 de dezembro, determinou que o vereador acusado de envolvimento com facção criminosa, Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), que segue afastado do cargo depois das denúncias, compareça a Câmara de Cuiabá. O parlamentar estaria fugindo das intimações feitas pelos vereadores com a intenção de adiar o processo, segundo representantes da Comissão.
A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar investiga a conduta do parlamentar e pretende buscar a cassação do mandato dele. O pedido foi feito a Justiça pelo presidente da Comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB).
Paulo Henrique é investigado pela Polícia Federal por ligação com facção criminosa. Ele foi detido no dia 20 de setembro durante a Operação Pubblicare, que é um braço de outra operação, a Ragnatela, que buscavam desmantelar esquema de lavagem de dinheiro, efetuado por facção criminosa.
As investigações da polícia mostraram que o vereador teria ligação com a facção e que ele contribua para a liberação de alvarás da prefeitura para a realização de shows nacionais em casas de shows da capital. a fação criminosa realizava dessa forma lavagem de dinheiro advinda do crime.
Após a prisão, Paulo Henrique foi solto 4 dias depois por meio de um habeas corpus.
A Câmara de Cuiabá abriu comissão de ética para investigar a conduta do parlamentar. Até o dia 27 de novembro, o relatório final que busca a cassação do vereador não estava pronto. O vereador Kássio Coelho (Podemos) explicou que não concluiu o documento porque um servidor, nomeado no gabinete de Paulo Henrique, solicitou pedido de vista, com o objetivo de travar os trabalhos da comissão. O documento foi protocolado em 19 de novembro.