*Sêmia Mauad/ Opinião MT
O ex-procurador da Assembleia Legislativa, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha Silva, acusado de assassinar Ney Muller Alves Pereira, com um tiro no rosto, se tornou réu. A juíza Helícia Vitti Lourenço acatou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso. A decisão foi proferida na última segunda-feira, dia 05 de maio.
Segundo o promotor de justiça, Samuel Frungilo, da Vigésima Primeira Promotoria Criminal de Cuiabá, que assinou a denúncia protocolada, o ex-procurador teve o carro danificado pela vítima enquanto jantava com a família em um posto de combustível. Ele foi avisado que o homem em situação de rua teria depredado o veículo e então decidiu levar a família pra casa e retornou armado às redondezas com a intenção de localizar Ney Muller. O promotor diz que o acusado reduziu a velocidade do veículo, se aproximou da vítima, e atirou à queima-roupa.
“Luiz Eduardo deliberou suprimir o bem jurídico que ainda restava à vítima, matando-a de forma brutal e desumana, como se ela fosse um objeto descartável e desprovido de qualquer valor ou direito à existência”, disse o promotor em trecho da denúncia.
O promotor ainda destacou em determinado trecho da denúncia, que o homem agiu por vingança contra a vítima em situação de rua, que sofria de transtornos mentais.
“O homicídio foi motivado por vil sentimento de vingança, e a vítima, evidentemente, não detinha quaisquer condições de reparar as avarias no veículo”, afirmou.
O acusado teria cometido o crime no dia 09 de abril deste ano, na Avenida Edgar Vieira, no Bairro Boa Esperança, na capital.
O suspeito vai responder na justiça pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima.
VEJA VÍDEO DA EXECUÇÃO DO HOMEM EM SITUAÇÃO DE RUA