As Forças Armadas de Israel confirmaram, nesta quinta-feira (17), a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e principal responsável pelos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023. Sinwar era um dos maiores alvos de Israel, sendo caçado desde o início da guerra na Faixa de Gaza. Sua morte marca um ponto crítico nas ações militares em curso.
Operação para capturar Yahya Sinwar
Yahya Sinwar, nascido e criado em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, foi um dos líderes mais influentes do Hamas, tendo assumido o comando do grupo há pouco mais de dois meses.
A operação das Forças Armadas de Israel, que resultou em sua morte, foi um desdobramento de mais de um ano de investigações e ataques direcionados. Segundo o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Haagari, diversas ações foram realizadas tanto pelo exército quanto pelo Shin Bet, o serviço secreto israelense, para localizá-lo.
As Forças Armadas de Israel bombardearam várias áreas ao redor de Gaza, seguindo informações da inteligência que indicavam possíveis esconderijos de Sinwar. Finalmente, em uma residência localizada em Rafah, Sinwar foi encontrado e morto durante um confronto com soldados israelenses.
A operação também resultou na morte de outros dois integrantes do Hamas, cujas identidades ainda não foram confirmadas até a última atualização.
A perseguição a Sinwar, descrita como uma das mais importantes missões das Forças Armadas de Israel, começou logo após os ataques de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, causando a morte de aproximadamente 1.200 pessoas e sequestrando outras 230. Israel jurou eliminar Sinwar, que foi apontado como o principal mentor e planejador dos atentados.
Durante o período em que esteve foragido, Sinwar, por seu conhecimento profundo do território de Gaza, conseguiu dificultar as operações israelenses.
No entanto, os serviços de inteligência de Israel, com apoio dos EUA, conseguiram rastrear seus movimentos. Jake Sullivan, conselheiro de Segurança dos EUA, confirmou que a inteligência americana teve um papel crucial na localização de Sinwar, colaborando com Israel na sua captura.
Identificação de Sinwar
Após o confronto que levou à morte de Yahya Sinwar, as forças israelenses coletaram amostras de DNA no local. Peritos realizaram uma análise detalhada para confirmar que o terceiro combatente morto na operação era de fato Sinwar. Além dos testes de DNA, exames de arcada dentária foram utilizados para verificar a identidade do terrorista.
O líder do Hamas estava no topo da lista de procurados de Israel desde o início da guerra. Sua morte foi considerada um golpe significativo para o Hamas, que já havia perdido vários de seus principais comandantes desde o início dos confrontos.
Após a confirmação da morte de Sinwar, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento público. Ele afirmou que Yahya Sinwar “destruiu vidas” e enviou uma mensagem clara aos moradores da Faixa de Gaza, reiterando que a guerra ainda não havia terminado.
Netanyahu destacou que, apesar da morte de Sinwar, Israel continuará com suas operações militares até que o Hamas seja completamente desmantelado.