Neste sábado (27), líderes religiosos globais e a Conferência dos Bispos da Igreja Católica Francesa (CEF) protestaram contra a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2024, realizada em Paris. O evento, que apresentou uma releitura controversa da “Última Ceia”, gerou indignação entre os cristãos.
A representação controversa da Última Ceia nas Olimpíadas
A cerimônia de abertura das Olimpíadas causou polêmica ao apresentar uma releitura da “Última Ceia” de Leonardo da Vinci, uma obra icônica que mostra Jesus Cristo e seus 12 apóstolos. Na versão apresentada, os personagens foram interpretados por drag queens, o que foi considerado uma “zombaria” pelos líderes católicos. Eles expressaram sua indignação e preocupação com a ofensa aos cristãos de todo o mundo.
Líderes religiosos de diversas partes do mundo manifestaram seu descontentamento com a apresentação. O bispo Andrew Cozzens, dos Estados Unidos, instou os católicos a responderem com oração e jejum, enquanto o bispo alemão Stefan Oster criticou a cena como “um ponto baixo e completamente supérfluo”. Outros líderes, como o arcebispo Peter Comensoli de Melbourne e o bispo Robert Barron de Winona-Rochester, também expressaram sua desaprovação.
A indignação não se limitou aos líderes religiosos. O padre dominicano Nelson Medina declarou que não assistirá a nenhuma cena dos Jogos Olímpicos, condenando a apresentação como uma zombaria ao Senhor Jesus Cristo.
O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, lamentou profundamente a cerimônia, destacando que a Última Ceia representa um símbolo profundo e belo da Eucaristia para os cristãos.
A defesa do Diretor Artístico
Thomas Jolly, o diretor artístico da cerimônia, defendeu a apresentação, afirmando que seu objetivo não era provocar, mas sim enviar uma mensagem de amor e inclusão. Ele negou qualquer intenção de zombar ou chocar, apesar das reações negativas dos líderes religiosos.
As Olimpíadas, que simbolizam a união e a celebração global, enfrentam agora a difícil tarefa de navegar pelas sensibilidades culturais e religiosas em um mundo cada vez mais diversificado.