É revoltante. Em vez de combater o poder paralelo que se alastra dentro dos presídios, o Estado escolhe se curvar e oficializar uma prática que, na realidade, é comandada por facções criminosas. Chamam de “mercadinhos”, como se fossem simples armazéns de bairro, mas todos sabem que são verdadeiros balcões de lucro e controle dentro do sistema prisional.
Esses “negócios” internos não são inofensivos — são instrumentos de extorsão de famílias de detentos, de lavagem de dinheiro, de reforço de poder territorial das organizações criminosas. Ao desistir da proibição e optar por regulamentar, o governo não apenas falha em sua missão de impor a ordem, como concede aval oficial ao crime organizado para continuar operando e faturando dentro das prisões.
É isso mesmo: quem manda no presídio agora tem selo oficial.
E depois nos perguntam por que o crime continua crescendo, por que o tráfico se expande, por que o sistema penal fracassa. Simples: porque o Estado virou refém do medo, da omissão e da conveniência política.
Legalizar o ilegal não torna isso justo. Apenas transforma o governo em cúmplice. Fica aqui a minha enorme indignação.
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