Neste domingo, 19, três reféns israelenses foram libertadas na Faixa de Gaza, após 470 dias em cativeiro sob o poder do grupo Hamas. A libertação das mulheres ocorreu em conformidade com um cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor às 11h15 no horário local. O início do acordo enfrentou atrasos devido a discordâncias na lista de reféns, mas foi concluído com a entrega das prisioneiras à Cruz Vermelha.
Liberação de reféns marca trégua na Faixa de Gaza
As reféns Romi Gonen, de 24 anos, Emily Damari, de 28, e Doron Steinbrecher, de 31, foram libertadas em uma praça no norte de Gaza, cercadas por membros do Hamas. Segundo informações do Exército israelense, as três estavam em boas condições de saúde e conseguiram caminhar sem auxílio até o ponto de encontro com a Cruz Vermelha.
As mães das reféns, Meirav, Simona e Mandy, aguardavam ansiosamente pelo retorno de suas filhas. Emily Damari, no entanto, foi vítima de um ataque realizado pelo Hamas em outubro de 2023 e perdeu dois dedos de uma das mãos, um dos vários impactos físicos sofridos durante o longo período de cativeiro.
O governo de Israel divulgou um vídeo emocionante mostrando o momento em que as três mulheres se reencontraram com suas famílias. A mensagem oficial publicada na página do governo no Twitter/X destacou o significado desse reencontro: “Depois de 471 dias horríveis em cativeiro, Emily, Doron e Romi finalmente se reencontram com suas famílias. Este é um momento que nunca esqueceremos.”
Em Tel-Aviv, centenas de pessoas acompanharam a transmissão da libertação em uma tela gigante, reunindo-se em abraços e aplausos para celebrar a chegada das reféns a suas casas.
Contrapartidas e detalhes do acordo
Como parte do cessar-fogo, Israel se comprometeu a liberar 90 prisioneiros palestinos. O grupo libertado incluiu 69 mulheres e 21 adolescentes, conforme informado pelo Hamas. A chegada dos prisioneiros gerou comemorações em Ramallah, na Cisjordânia, onde milhares de pessoas foram às ruas para celebrar.
O acordo, negociado com a mediação dos Estados Unidos, Catar e Egito, prevê a libertação gradual de 33 reféns israelenses, entre mulheres, crianças e homens com mais de 50 anos. Em troca, Israel poderá liberar até 1,9 mil prisioneiros palestinos.
A duração inicial do cessar-fogo foi definida em seis semanas, com a possibilidade de extensões conforme o progresso das negociações. Durante esse período, espera-se que novos reféns possam ser libertados e que a troca de prisioneiros continue como um esforço para aliviar a tensão na região.