O governo federal brasileiro desembolsou uma quantia significativa para garantir a presença de Janja da Silva na capital francesa durante a abertura das Olimpíadas 2024. Somente as passagens aéreas para a primeira-dama totalizaram R$ 83,4 mil, configurando-se como o segundo maior gasto com viagens no mês de julho entre todos os funcionários do governo Lula, sem contabilizar as demais despesas com assessores que a acompanharam para divulgar sua participação no país. Este valor expressivo levanta questões sobre a alocação de recursos públicos e a necessidade de representação em eventos internacionais.
Os gastos de Janja do bolso do contribuinte
Ao analisar os gastos com viagens de funcionários do governo em julho, observa-se que apenas um valor superou o destinado a Janja. Gilmar da Cunha Trivelato, pesquisador da Fundação Jorge Duprat Figueiredo (Fundacentro), teve uma passagem no valor de R$ 94,6 mil.
Em contrapartida, Celso Amorim, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, teve quatro passagens pagas pelo governo, somando R$ 75,5 mil. Estes dados revelam a disparidade nos gastos com viagens oficiais e a necessidade de uma análise criteriosa sobre a relação custo-benefício dessas despesas.
Durante sua estadia na capital francesa, que se estendeu de 25 a 29 de julho, Janja, mesmo se ter cargo público, assumiu um papel ativo como representante do governo brasileiro. Sua agenda incluiu encontros com autoridades francesas, como o presidente Emmanuel Macron e a primeira-dama Brigitte Macron.
Além disso, a primeira-dama brasileira participou de reuniões com ministros do governo Lula, prefeitos de diversas cidades e representantes de instituições financeiras. Essas atividades demonstram a amplitude do papel desempenhado por Janja durante sua visita oficial.
Repercussão na mídia e na opinião pública
A viagem de Janja da Silva a Paris e sua participação nas Olimpíadas geraram ampla cobertura midiática e discussões na opinião pública. Enquanto alguns setores aplaudem a iniciativa como uma forma de ampliar a representatividade brasileira em eventos internacionais, outros criticam os custos envolvidos e questionam a necessidade dessa representação.