O governo central registrou um déficit de R$ 32 bilhões em fevereiro, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O saldo negativo resulta da diferença entre receitas e despesas do Tesouro, Previdência Social e Banco Central, refletindo o atual cenário fiscal do país.
Déficit de R$ 32 Bilhões
As contas do governo central incluem três principais órgãos: o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central. No mês de fevereiro, os desempenhos individuais foram os seguintes:
– Tesouro Nacional: Déficit de R$ 8,73 bilhões;
– Previdência Social: Déficit de R$ 22,95 bilhões;
– Banco Central: Superávit de R$ 9 milhões.
Apesar do resultado negativo no mês, no acumulado de janeiro e fevereiro, o saldo ainda é positivo em R$ 53,184 bilhões, o melhor resultado desde o início do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em relação a fevereiro de 2023, quando o déficit foi de R$ 58,3 bilhões, houve uma melhora significativa. Por outro lado, em janeiro deste ano, o governo havia registrado um superávit expressivo de R$ 84,9 bilhões, evidenciando uma volatilidade nas contas públicas.
Receitas e Despesas do Governo
As receitas do governo central apresentaram um crescimento de 2,3% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, essa alta foi de 3,1%. Enquanto isso, as despesas registraram uma queda de 12,6% em fevereiro, considerando a inflação, e uma redução de 4,8% no acumulado do ano.
Esses indicadores sugerem que, apesar do saldo negativo em fevereiro, há um controle mais rigoroso dos gastos públicos, o que pode impactar positivamente o cenário fiscal nos próximos meses.
Déficit acumulado nos Últimos 12 Meses
Nos últimos 12 meses até fevereiro, o déficit acumulado foi de R$ 13,2 bilhões, o que corresponde a 0,09% do Produto Interno Bruto (PIB). Desde janeiro de 2024, o Tesouro Nacional passou a divulgar a relação entre as despesas do governo e o PIB, em conformidade com o novo arcabouço fiscal.
As despesas obrigatórias corresponderam a 17% do PIB, enquanto os gastos discricionários do Executivo representaram 1,56% do PIB no mesmo período. Esse acompanhamento é fundamental para avaliar a sustentabilidade das contas públicas.