Os gastos com Bolsa Família tiveram um aumento expressivo de 47,1% em 2023, conforme apontam as Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária do Governo, divulgadas hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento reflete o impacto significativo dos benefícios sociais na composição das despesas públicas.
Aumento expressivo nos gastos com Bolsa Família
Segundo o levantamento do IBGE, os benefícios sociais lideraram os gastos públicos em 2023, registrando um aumento geral de 3,6%. Dentro desse grupo, os benefícios de assistência social, onde o Bolsa Família está incluído, cresceram 29,2%. Já as despesas com outros benefícios de seguro social tiveram um aumento ainda maior, de 8,6%.
Esse cenário reflete a priorização de políticas de assistência social no orçamento federal. O Bolsa Família, como um dos principais programas sociais do país, segue sendo um elemento essencial no combate à pobreza, atendendo milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.
Além dos benefícios sociais, o estudo destacou outras áreas significativas de gastos públicos, como os benefícios previdenciários e a remuneração de servidores. Embora não tenham registrado aumentos tão expressivos quanto os benefícios sociais, esses itens continuam representando uma fatia importante das despesas governamentais.
Por outro lado, o levantamento também trouxe dados sobre a arrecadação tributária. Em 2023, os impostos tiveram um crescimento de 4,1%, enquanto as contribuições sociais aumentaram 7,5%. No entanto, as demais receitas do governo apresentaram uma queda de 3,4%, o que impactou o cenário fiscal geral.
O impacto dos cortes no orçamento do Bolsa Família
Para 2025, o programa Bolsa Família permanece como um ponto central das discussões sobre ajuste fiscal. O benefício atende atualmente cerca de 21 milhões de famílias, oferecendo pagamentos mínimos de R$ 600. Apesar de sua importância, o orçamento do programa poderá sofrer uma redução de R$ 2 bilhões, como parte dos esforços do Governo Federal para equilibrar as contas públicas.
O ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, assegurou que os beneficiários não deverão ser diretamente afetados pelos cortes. No entanto, a redução orçamentária pode impactar a abrangência e a capacidade do programa em atender novas famílias ou expandir benefícios.