O furacão Helene, que devastou a costa leste dos Estados Unidos, já causou a morte de mais de 115 pessoas até esta segunda-feira (30). A tempestade gerou um rastro de destruição que se estende por mais de 800 quilômetros, deixando comunidades inteiras isoladas e sem acesso a suprimentos essenciais.
Futuro Helene: Mortes e destruição
A Carolina do Norte é o estado mais afetado pelo furacão Helene, com o maior número de fatalidades confirmadas até agora. Das 115 mortes registradas, 42 ocorreram neste estado, incluindo a morte de um delegado no Condado de Macon.
O oficial, identificado como Jim Lau, foi tragicamente levado por uma enchente enquanto estava em seu horário de almoço. Lau, que era um trabalhador dedicado e muito respeitado, teve sua ausência profundamente sentida por colegas e pela comunidade local.
Outras cinco mortes foram relatadas no Condado de Henderson, também na Carolina do Norte, à medida que as enchentes e os ventos intensos continuaram a fazer vítimas. Muitas dessas mortes ocorreram em circunstâncias semelhantes, com pessoas sendo surpreendidas pela força da água enquanto tentavam se deslocar ou proteger suas propriedades.
Com mais de 115 vítimas, o furacão Helene já figura entre os furacões mais letais a atingir os Estados Unidos nas últimas décadas. O evento só perde em número de mortos para desastres como o furacão Katrina, que causou mais de 1.800 mortes em 2005, e o furacão Ian, que em 2022 tirou a vida de 150 pessoas no sudeste da Flórida.
A violência de Helene já o coloca acima de eventos como o furacão Irma, que em 2017 causou 92 mortes, e o furacão Harvey, que resultou em 60 vítimas fatais. As estimativas apontam que o número de mortos ainda pode aumentar, uma vez que há centenas de desaparecidos e várias áreas ainda inacessíveis pelas equipes de resgate.
Rastro de destruição de 800 km
O rastro de destruição do furacão Helene se estendeu da costa da Flórida até as Blue Ridge Mountains, cobrindo uma distância de mais de 800 quilômetros. Estradas e pontes foram destruídas, dificultando o acesso de equipes de resgate e a entrega de suprimentos essenciais às comunidades isoladas. Em muitas áreas, o serviço de telefonia e internet continua fora do ar, o que impede que as pessoas entrem em contato com familiares ou busquem ajuda.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja visitar algumas das áreas mais afetadas pelo furacão Helene no final desta semana. Sua visita será coordenada para não interferir nas operações de emergência em andamento. Biden também fez um pronunciamento nesta segunda-feira (30) para destacar os esforços federais em curso e garantir que os recursos sejam enviados para as áreas que mais necessitam.
Até o momento, a Casa Branca já aprovou auxílio federal para os estados mais atingidos, e o presidente tem mantido contato direto com governadores, especialmente da Carolina do Norte e da Flórida, para garantir que a resposta ao desastre seja rápida e eficaz.
Além disso, há equipes da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) trabalhando em várias frentes, desde a entrega de suprimentos até a reabilitação da infraestrutura danificada.