*Sêmia Mauad/ Opinião MT
O ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e outras três pessoas continuam como réus, por suposta acusação de furarem fila para que recebessem a vacina contra a Covid-19, em 2021. A Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou os recursos e manteve a decisão de julgar os envolvidos.
Além de Emanuel Pinheiro, os demais réus são o próprio irmão do ex-gestor municipal, Marco Polo de Freitas Pinheiro, o ex-secretário adjunto de saúde da capital, Gilmar Souza Cardoso e o ex-chefe de gabinete Antônio Monreal. Os dois últimos seriam responsáveis por receber os pedidos e escolher as pessoas consideradas relevantes para receberem a imunização. Já Cardoso tinha a responsabilidade de incluir os dados falsos na plataforma de acordo com os pedidos do prefeito Emanuel Pinheiro.
Os acusados vão responder pelos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos no sistema de informações e utilização indevida de serviços públicos, como ressaltou trecho da denúncia.
“Era ele (Emanuel) que recebia os dados do núcleo político ou recebia de pessoas de seus próprio interesse”, ressaltou o desembargador.
As investigações mostraram que pessoas que não faziam parte do grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19 foram beneficiadas.
Os desembargadores seguiram o voto unânime do relator, Gilberto Giraldelli. Foi determinado ainda que os autos fossem remetidos à julgamento na primeira instância.