Pela primeira vez em mais de uma década, a Argentina registrou um superávit orçamentário, marcando um feito significativo na gestão de Javier Milei, presidente libertário eleito em 2023. Dados divulgados nesta sexta-feira (17) mostram que o superávit alcançou 1,76 trilhão de pesos, equivalente a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Primeiro Superávit da Era Milei
De acordo com informações do Ministério da Economia da Argentina, o superávit orçamentário em 2024 representou 0,3% do PIB do país, totalizando 1,76 trilhão de pesos. Além disso, o saldo fiscal primário, que desconsidera pagamentos de dívidas, foi ainda mais expressivo, alcançando 10,41 trilhões de pesos, ou 1,8% do PIB.
Javier Milei celebrou o resultado como a concretização de sua principal promessa de campanha: austeridade fiscal. “O déficit zero é uma realidade. As promessas estão sendo cumpridas”, afirmou o presidente em suas redes sociais.
Política de Austeridade e cortes de gastos
Desde que assumiu o cargo em dezembro de 2023, Milei implementou uma série de medidas para reduzir os gastos públicos e conter a inflação, que no ano anterior havia alcançado o impressionante patamar de 300% ao ano. A estratégia foi baseada em cortes significativos no orçamento governamental e no rigoroso controle das contas públicas.
O Ministério da Economia declarou que a política de austeridade fiscal permanecerá em vigor até 2025, com o objetivo de consolidar os resultados alcançados e manter a trajetória de superávit orçamentário.
Os resultados obtidos em 2024 são vistos como um passo importante para estabilizar a economia argentina, que enfrentava anos de descontrole fiscal, endividamento elevado e inflação descontrolada. A gestão de Milei tem apostado em medidas drásticas para reverter décadas de déficits acumulados, adotando uma abordagem que prioriza o equilíbrio orçamentário.
Embora o superávit orçamentário represente um alívio para as finanças públicas, especialistas apontam que desafios significativos permanecem. A manutenção da austeridade em um país historicamente marcado por déficits fiscais exigirá esforços contínuos e a adesão a políticas rigorosas.