*Sêmia Mauad/ Opinião MT
O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (União Brasil) deverá pagar a Casa de Apoio do Hospital de Câncer o valor de R$ 150 mil. A determinação assinada em 10 de março, é do desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O parlamentar, segundo a defesa dele, já teria feito repasse de R$ 60 mil a entidade.
“Diante do adimplemento da obrigação noticiado pela Defesa [transferência de R$ 60 mil para a instituição beneficiada], o valor remanescente de R$ 150.650,00 apreendido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão e depositado em cota única deste Tribunal deve ser destinado à Casa de Apoio do Hospital do Câncer, obra ministrada pela Ogreja Presbiteriana de Cuiabá”, diz trecho da decisão.
O valor foi apreendido durante mandado de busca e apreensão realizado na casa do parlamentar no ano de 2021. A ação policial integrava a Operação Rota Final que tinha como objetivo desmantelar esquema de monopólio no transporte intermunicipal em Mato Grosso. Na época, o parlamentar tinha sido acusado de receber R$ 500 mil de propina da Empresa Verde Transportes. Os repasses teriam sido feitos entre os anos de 2014 a 2017.
Diante do caso, o parlamentar chegou a fazer um acordo de não persecução penal com o Ministério Público Estadual no ano passado. Com isso, a Justiça arquivou o processo na qual ele respondia pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Respondem ainda pelo crime, ex-governador do estado, Silval Barbosa e o dono da Verde Transporte, empresário Éder Augusto Pinheiro. O ex-deputado estadual, Pedro Satélite, que já é falecido, também teria envolvimento no crime. Eles são acusados de inviabilizar concorrência pública”.
A investigação apontou que foi adquirido ainda um decreto estadual na qual houve a prorrogação das concessões até 2031. Foram feitos ajuizamento de ações judiciais temerárias para impedir o processo licitatório e estudos que foram fraudados na tentativa de mostrar a inviabilidade financeira do sistema de transporte.
As investigações ainda apontaram que o diretor da Ager também teria recebido propina.