O Senado Federal aprovou neste 8 de maio de 2024, o projeto de lei que restabelece o Seguro Obrigatório para Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). Além de marcar o retorno do seguro após sua extinção em 2020, a aprovação do projeto libera um montante de R$ 15,7 bilhões para o governo federal, direcionado ao pagamento de emendas parlamentares e à quitação de parte das emendas de comissões.
DPVAT ressurge com novas regras e liberação de recursos
O novo DPVAT apresenta diversas mudanças em relação à versão anterior, incluindo a criação de diferentes faixas de valores para a cobertura de morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares. O valor do seguro também será reajustado anualmente, buscando acompanhar a inflação e garantir a efetividade da cobertura.
Um dos pontos mais controversos do projeto aprovado pelo Senado foi a inclusão de um dispositivo que libera R$ 15,7 bilhões para o governo federal. Esse montante será utilizado para o pagamento de emendas parlamentares e para a quitação de parte das emendas de comissões. A liberação antecipada desses recursos gerou críticas da oposição, que questionou a constitucionalidade da medida e sua relação direta com o retorno do DPVAT.
Impacto do DPVAT na Sociedade
O retorno do DPVAT é esperado com expectativas mistas. De um lado, a medida visa garantir a cobertura de vítimas de acidentes de trânsito, oferecendo suporte financeiro em momentos de necessidade. Por outro lado, a liberação de R$ 15,7 bilhões para o governo e a vinculação do seguro a emendas parlamentares geram questionamentos sobre a real finalidade do projeto e seu impacto na população.
Confira a lista de senadores que votaram a favor da volta do imposto:
- Alessandro Vieira (MDB-SE);
- Ana Paula Lobato (PDT-MA);
- Angelo Coronel (PSD-BA);
- Beto Faro (PT-PA);
- Chico Rodrigues (PSB-RR);
- Cid Gomes (PSB-CE);
- Confúcio Moura (MDB-RO);
- Davi Alcolumbre (União Brasil-AP);
- Dr. Hiran (PP-RR);
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Efraim Filho (União Brasil-PB);
- Eliziane Gama (PSD-MA);
- Fabiano Contarato (PT-ES);
- Fernando Dueire (MDB-PE);
- Flávio Arns (PSB-PR);
- Humberto Costa (PT-PE);
- Ivete da Silveira (MDB-SC);
- Jader Barbalho (MDB-PA);
- Janaína Farias (PT-CE);
- Jaques Wagner (PT-BA);
- Jayme Campos (União Brasil-MT);
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Jussara Lima (PSD-PI);
- Laércio Oliveira (PP-SE);
- Leila Barros (PDT-DF);
- Marcelo Castro (MDB-PI);
- Mecias de Jesus (Republicanos-RR);
- Nelsinho Trad (PSD-MS);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Paulo Paim (PT-RS);
- Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO);
- Randolfe Rodrigues (sem partido-AP);
- Renan Calheiros (MDB-AL);
- Rogério Carvalho (PT-SE);
- Sérgio Petecão (PSD-AC);
- Soraya Thronicke (Podemos-MS);
- Teresa Leitão (PT-PE);
- Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
- Weverton (PDT-MA).
O DPVAT retorna com novas regras e um aporte significativo de recursos para o governo federal. A medida gera debates acalorados sobre sua efetividade, constitucionalidade e impacto na sociedade. É fundamental acompanhar os próximos passos da tramitação do projeto e as discussões em torno do futuro do seguro obrigatório para veículos, buscando garantir que ele cumpra seu objetivo principal de proteger as vítimas de acidentes de trânsito.