Nesta quinta-feira (10), o comandante do Exército Brasileiro, Tomás Paiva, realizou uma visita oficial à empresa chinesa de armamentos Norinco em Pequim. A visita faz parte de uma série de encontros estratégicos visando o fortalecimento da indústria de defesa do Brasil. O comandante também se encontrou com autoridades militares chinesas, incluindo o ministro da Defesa, Dong Jun, e o comandante da força terrestre do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.
Tomás Paiva e o Exército Chinês
Em um movimento estratégico para fortalecer os laços entre Brasil e China, o comandante Tomás Paiva esteve na sede da Norinco. A empresa chinesa de armamentos manifestou recentemente interesse em adquirir 49% da companhia brasileira Avibras, enviando uma carta de intenção em junho.
Essa iniciativa ocorre após a concorrente australiana DefendTex suspender sua proposta de aquisição. Além disso, uma companhia dos Emirados Árabes Unidos também está na disputa pela participação na Avibras.
Durante sua estadia em Pequim, Paiva participou de reuniões importantes com o ministro da Defesa da China, Dong Jun, e com o comandante da força terrestre do ELP. De acordo com a assessoria do Exército brasileiro, esses encontros visam fortalecer a cooperação militar entre os dois países e explorar novas oportunidades de parceria na área de defesa.
Agenda do Comandante na China
A agenda do comandante Tomás Paiva incluiu visitas a várias instituições estratégicas em Pequim. Entre elas, a 3ª Divisão de Guardas do ELP e a Universidade de Defesa Nacional, ambas fundamentais para o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias militares.
De acordo com o Ministério da Defesa, a visita a essas instituições tem como objetivo principal o aprimoramento da capacidade técnica e operacional das forças armadas brasileiras, utilizando a expertise chinesa.
A autorização para a visita de Tomás Paiva à China foi concedida pelo ministro da Defesa do Brasil, José Mucio. A autorização foi dada com o intuito de permitir que o comandante explore novas possibilidades de colaboração e obtenção de equipamentos estrangeiros que possam aprimorar a indústria de defesa nacional.
De acordo com o governo brasileiro, a visita tem como foco principal a busca por tecnologias avançadas que possam ser integradas às capacidades militares do Brasil.
Expansão de Parcerias Internacionais
Além da China, o comandante Tomás Paiva manifestou interesse em visitar outros países membros dos BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A intenção é expandir as parcerias internacionais e explorar novas oportunidades de cooperação militar e tecnológica. O comandante destacou a importância de fortalecer os laços com esses países, visando o desenvolvimento de uma indústria de defesa mais robusta e integrada.