A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quarta-feira (3), a 180ª morte causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que devastaram o estado no final de abril. A tragédia continua a impactar diversas cidades, deixando rastros de destruição e desafios para a recuperação.
As enchentes no Rio Grande do Sul
Atualmente, 32 pessoas ainda estão desaparecidas em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul. As cidades mais afetadas incluem Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e Roca Sales, no Vale do Taquari, com 31 e 14 mortes, respectivamente. A vítima mais recente, Janice Brino, era residente de Roca Sales, destacando a gravidade da situação nessas áreas.
As enchentes no Rio Grande do Sul afetaram diretamente mais de 2,39 milhões de pessoas, atingindo 96% dos municípios gaúchos. De um total de 497 cidades, 478 foram severamente impactadas pela tragédia. Dois meses após o início das enchentes, 6,5 mil pessoas continuam desalojadas, sem ter uma residência para retornar.
O governo estadual anunciou, na segunda-feira (1), uma redução significativa de 89% no número de pessoas abrigadas em comparação ao auge da emergência. No entanto, a situação permanece crítica, com 158 abrigos ainda operando em 48 municípios do estado. Esses abrigos são essenciais para oferecer suporte temporário às famílias afetadas enquanto medidas de recuperação são implementadas.
Oficinas mecânicas sobrecarregadas
Entre as inúmeras consequências das enchentes no Rio Grande do Sul está a sobrecarga nas oficinas mecânicas. Com cerca de 200 mil veículos danificados pelas inundações, a demanda por consertos aumentou drasticamente.
As oficinas estão enfrentando dificuldades para atender a todos, resultando em um tempo de espera mais longo para os serviços de reparo. A alta procura por reparos é um reflexo direto da devastação causada pelas águas, que afetaram não apenas residências, mas também a infraestrutura de transporte.
Os esforços de recuperação estão em andamento, mas a estrada para a normalidade é longa e cheia de desafios. Enquanto isso, a infraestrutura local, como as oficinas mecânicas, luta para se adaptar à nova realidade imposta pelas enchentes históricas. A resiliência e a solidariedade do povo gaúcho serão cruciais para superar essa calamidade.