*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Durante fala no uso da tribuna da sessão ordinária realizada pela Assembleia Legislativa, na última quarta-feira, dia 08 de janeiro, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) mostrou fotos de mato-grossenses que foram presos e estão foragidos por conta da manifestação contra os resultados das urnas em 2022 e em apoio ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Os detidos são acusados de atos de vandalismo em Brasília.
“Eu não estou aqui comemorando. Estou lamentando. Chorando pela minha Pátria e pelos patriotas que defenderam opiniões contrárias. Há 2 anos atrás, esse país sofreu com a inconsequência de algumas pessoas que vandalizaram os poderes públicos em Brasília. Mas 2 anos atrás, nós passamos também por uma troca de regime nesse país. Saímos de um regime democrático, de fato, de liberdade e entramos em um regime que defende ditaduras, que obviamente persegue aqueles que são favoráveis à liberdade”, ressaltou Cattani.
4 mato-grossenses ainda aguardam sentenças por envolvimento no ataque, enquanto outros 11 já foram condenados, com penas que variam de 1 a 14 anos de prisão. Cattani chegou a citar o nome de alguns mato-grossenses presos, como a publicitária, Simone Aparecida Tosato Dias, que foi condenada a 14 anos de prisão. Para o parlamentar, alguns manifestantes foram presos de forma injusta e estão sendo punidos com muito rigor.
“Todas essas pessoas são mato-grossenses. São conhecidíssimas em seus municípios e sabemos que são pessoas de bem. Simplesmente estiveram envolvidas em uma manifestação, defendendo a sua opinião, e talvez, tenham depredado patrimônio pelo que deveriam pagar, mas essas penas são absurdas”, defendeu o parlamentar.
O deputado ainda afirmou que com o governo Lula há perseguição.
“Com Bolsonaro havia liberdade, mas com Lula, existe a perseguição contra quem pensa diferente”, disse.