Sêmia Mauad/ Opinião MT
O vereador e presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), disse que a Casa de Leis, agora tem evidências para dar prosseguimento a investigação contra o vereador Paulo Henrique (MDB).
O político foi preso na última sexta-feira, dia 20 de setembro. Ele é investigado por envolvimento com facção criminosa.
O vereador foi detido durante a ação da polícia na Operação Pubblicare, que investiga a realização de shows em casas noturnas com objetivo de lavar dinheiro do tráfico de drogas.
Na operação Ragnatela, o vereador, já havia sido alvo de busca e apreensão. Só que na época não havia sido preso.
A INVESTIGAÇÃO
Segundo a polícia, Paulo Henrique (MDB) supostamente faria a interlocução entre o grupo criminoso e os agentes públicos e recebia, em contrapartida, dinheiro. Os investigados vão responder na Justiça pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/ MT).
Ao todo, 15 pessoas medidas cautelares estão sendo cumpridas, o que inclui prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão, sequestro de seis veículo, bloqueio de contas bancárias e até mesmo sequestro de um imóvel.
Outros nomes também da Administração Pública de Cuiabá são alvo e teriam envolvimento com uma facção criminosa, como o ex-fiscal da Secretaria de Ordem Pública, Rodrigo Anderson Rosa. Outros nomes incluem: José Marcio Ambrósio Vieira, José Maria de Assunção, Ronnei Antônio Souza da Silva, Maria Edinalva Ambrósio Vieira, Benedito Alfredo Granja Flores, Paulo Henrique Figueiredo.
A primeira fase da Operação Ragnatela foi realizada em junho deste ano e investigou núcleo de uma facção criminosa que faria lavagem de dinheiro do crime em casas noturnas.
Inclusive, na época, a polícia apurou que os criminosos chegaram a comprar uma casa noturna para realizar a prática de lavagem de dinheiro. Eles teriam pago R$ 800 mil reais pelo imóvel, pagos em dinheiro. Depois da aquisição do local, vários MCs conhecidos nacionalmente cantaram na casa noturna. Os shows eram pagos com dinheiro de facção criminosa. Estão envolvidos também promotores de eventos.