O Brasil enfrentou um aumento alarmante de mortes por dengue em 2024, com mais de 6,5 milhões de casos prováveis registrados e 5.893 óbitos confirmados. Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses mostram que 1.103 mortes ainda estão em investigação, evidenciando a gravidade do cenário no país.
Mortes por dengue no Brasil em 2024
Segundo o painel, o coeficiente de incidência nacional atingiu 3.247 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. Esse índice reflete a alta disseminação da doença em diversas regiões do país.
O Estado de São Paulo lidera em números absolutos, registrando 2,1 milhões de casos prováveis de dengue. Minas Gerais aparece em seguida com 1,6 milhão de casos, seguido por Paraná (653 mil) e Santa Catarina (348 mil). Entretanto, o Distrito Federal apresenta o maior coeficiente de incidência, com 9.884 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (8.231), Paraná (5.710) e São Paulo (4.846).
Diante do aumento expressivo de casos e mortes por dengue, o Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância e controle em estados críticos. Entre os esforços recentes, destaca-se a visita técnica ao Mato Grosso, seguida por ações em Minas Gerais. Para a próxima semana, está programada uma visita ao Espírito Santo, que enfrenta, além da dengue, outras arboviroses emergentes.
Segundo o ministério, as ações têm como foco a atualização de informações epidemiológicas, revisão de estratégias de controle e prevenção, e o alinhamento de esforços entre estados e municípios. Essas iniciativas buscam conter a expansão da dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, como chikungunya e febre-amarela.
Cenário de outras Arboviroses no Brasil
Além da dengue, outras arboviroses têm desafiado as autoridades de saúde. No Mato Grosso, os casos de chikungunya continuam em alta. Já no Espírito Santo, preocupa o aumento da febre do Oropouche, uma arbovirose emergente que tem registrado crescimento significativo.
Em Minas Gerais, o foco está na febre-amarela, com a necessidade de ampliar a cobertura vacinal. A vigilância em primatas não humanos, que atuam como sentinelas do vírus, é uma estratégia essencial para identificar áreas de risco e prevenir surtos.