O governo federal optou por não realizar um novo leilão para importar arroz, decisão que surge após um leilão anterior ser anulado devido a irregularidades técnicas e financeiras das empresas vencedoras. De acordo com o governo federal, a medida visa, entre outros objetivos, monitorar e reduzir o preço do arroz nos supermercados.
Suspensão do leilão para importar arroz
No mês passado, o governo federal realizou um leilão para a compra de arroz importado. Contudo, o certame foi posteriormente anulado após a identificação de irregularidades nas empresas vencedoras.
No leilão, foram comercializadas 263,3 mil toneladas de arroz, movimentando R$ 1,3 bilhão. Das quatro empresas vencedoras, apenas uma era do ramo agrícola, enquanto as demais eram uma fabricante de sorvetes, uma mercearia especializada em queijo e uma locadora de veículos.
Empresários do setor de arroz expressaram descontentamento com a realização do leilão, alegando que não há risco de desabastecimento do grão, mesmo após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. A preocupação principal do governo agora é monitorar o mercado e implementar medidas que possam reduzir o preço do arroz nos supermercados, além de analisar fatores logísticos e de frete.
Posicionamento do Governo
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, destacou que o governo ainda está estudando as melhores formas de lidar com a importação de arroz.
Segundo ele, a decisão final sobre a realização de novos leilões caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos estudando todas as possibilidades sobre o arroz. Hoje, estavam aqui os arrozeiros do Rio Grande do Sul e teremos uma reunião à tarde com eles para ouvir suas sugestões. Em última instância, quem vai decidir será o presidente Lula”, afirmou o ministro após o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25.
Além de decidir pela suspensão de novos leilões, o governo federal se comprometeu a monitorar de perto o mercado de arroz, com o objetivo de identificar e combater possíveis aumentos de preços. Fatores como logística e custos de frete também serão analisados para garantir que o arroz chegue aos consumidores a preços mais acessíveis.