*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Os três homens detidos, inicialmente, pela polícia suspeitos de terem envolvimento no homicídio da adolescente grávida de 16 anos, foram ouvidos e liberados. Cícero Júnior, Aledson Junior e Christian Albino Cebalho de Arruda, namorado da mulher que confessou ter matado a adolescente pra retirar o bebê dela, foram soltos.
A advogada de defesa do trio, Ana Cláudia Matos, acompanha o caso, e na saída da delegacia, concedeu entrevista a imprensa. Ela deu informações sobre como Nataly Helen Martins Pereira, teria agido.
“Ela começou a falar pra todo mundo que estava passando mal e que já estava com tantos centímetros de dilatação. Nesse meio tempo, foi onde ela marcou com a amiga para supostamente entregar as roupas da criança. Ela fez todo o trajeto da gestação, inclusive o chá revelação”, disse a advogada.
Nataly Helen Martins Pereira é tratada pela polícia como a principal suspeita do assassinato. Ela segue detida e confessou o crime. Ela contou aos policiais que teria agido sozinha. Nas redes sociais, a acusada ainda chegou a publicar resultados de exames de gravidez e do acompanhamento do bebê, que ela não esperava.
“Publicou exames que podemos ver lá, que foram alterados, e teve até mesmo o teste morfológico com a imagem do bebê, mas, se você for analisar, não houve identificação”, ressaltou a advogada.
A advogada ainda contou que o irmão e o amigo da família, os dois homens detidos na casa onde o corpo foi encontrado, foram chamados pela própria Nataly após a morte da adolescente. Ela contou que tinha acabado de dar a luz e precisava de ajuda para limpar o local.
“No momento em que o bebê supostamente nasceu, ela ligou para o Aledson para dizer que precisava de ajuda, que teve o parto sozinha em casa e ele esteve lá. Ele passou cerca de vinte minutos na casa e depois saiu. Quando a polícia fez a apreensão, ele voltou lá pra dizer que não tinha envolvimento”, explicou ela.
Sobre a participação de Christian Albino Cebalho de Arruda, companheiro de Nataly, a advogada afirmou que ele também não sabia da manipulação, e plano para matar a adolescente e retirar o bebê.
“A autora, que foi a única e exclusiva responsável por este crime, já confessou e disse que ninguém tem nada a ver com a situação. O pai foi buscado por uma das pessoas para dizer que a criança tinha acabado de nascer, como um presente. Ele também ficou pasmo e afirmou que não tem nada a ver com isso”, concluiu a advogada.
O Corpo de Emilly foi localizado enterrado em uma cova rasa, no Bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, na última quinta-feira, dia 13 de março.
VEJA A ENTREVISTA DADA PELA ADVOGADA