O Procon de Cuiabá acendeu a luz amarela sobre os preços dos combustíveis na capital. Na última sexta-feira (12), o órgão enviou um ofício à Agência Nacional de Petróleo (ANP) solicitando investigação contra postos de combustíveis por suspeita de formação de cartel. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo) também foi notificado sobre o aumento coordenado dos preços.
Aumento coordenado levanta suspeitas
De acordo com o Procon, “houve aumentos coordenados que levam a crer que entre os proprietários existe um alinhamento visando controlar o preço praticado no mercado como um todo”, conforme trecho do documento enviado à ANP. Essa prática anticompetitiva, conhecida como cartel, configura crime e pode levar a sanções severas aos envolvidos.
Sindipetróleo notificado
O Sindipetróleo, entidade que representa os donos de postos de combustíveis, foi notificado pelo Procon e terá que prestar contas. O órgão de defesa do consumidor exige que o sindicato apresente, em no máximo 72 horas, relatórios detalhados sobre as notas fiscais de compra de combustíveis, preços praticados e justificativas para o recente aumento.
Documentos e explicações
A notificação ao Sindipetróleo exige a entrega de diversos documentos, incluindo:
- Notas fiscais de aquisição de combustíveis dos últimos 15 dias;
- Relatório com os preços praticados no período;
- Cópias de documentos fiscais comprovando a venda dos combustíveis;
- Esclarecimentos sobre os fatores que motivaram o aumento nos preços.
O que pode acontecer
O Procon adverte que o não cumprimento das medidas solicitadas pode acarretar em sérias consequências para o Sindipetróleo e os postos de combustíveis envolvidos. As sanções podem incluir multas, inclusão nos cadastros de reclamações fundamentadas e até mesmo processos criminais por crime de desobediência e desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC).
A investigação do Procon sobre a formação de cartel em postos de combustíveis em Cuiabá é um passo importante para combater práticas anticompetitivas e proteger os direitos dos consumidores.
A ação do órgão demonstra o compromisso em garantir a livre concorrência no mercado e preços justos para a população. O caso serve como um lembrete para que os consumidores fiquem atentos aos preços e denunciem qualquer irregularidade.