O alistamento militar feminino marca uma mudança histórica no Brasil. A partir de agora, mulheres brasileiras podem se inscrever para integrar as Forças Armadas, como parte de um processo que busca aumentar a representatividade feminina no setor.
Alistamento militar feminino: Como participar
Pela primeira vez, as mulheres podem se alistar para o serviço militar obrigatório no Brasil. O processo está aberto para as nascidas até 2007, desde que completem 18 anos em 2025. As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de junho de 2025, tanto pela internet quanto em juntas militares vinculadas à Marinha, Exército ou Aeronáutica.
A integração nas Forças Armadas ocorrerá no primeiro semestre de 2026, entre os dias 2 e 6 de março, ou no segundo semestre, de 3 a 7 de agosto. O serviço militar terá duração inicial de 12 meses, com possibilidade de renovação anual por até oito anos, conforme as diretrizes da legislação vigente.
O alistamento militar feminino começa com a oferta de 1.465 vagas, distribuídas entre as três Forças Armadas: 1.010 vagas para o Exército, 300 para a Aeronáutica e 155 para a Marinha. Esse número será ampliado gradativamente até atingir a meta de 20% das vagas totais para mulheres, fortalecendo a diversidade nos quadros militares.
O Ministério da Defesa definiu que o alistamento será realizado em 28 municípios de 14 estados. As cidades incluem capitais como Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Recife (PE), além de outras localidades estratégicas como Corumbá (MS), Guaratinguetá (SP) e Manaus (AM).
Essa distribuição reflete o Plano Geral de Convocação, garantindo acesso ao serviço militar feminino em diversas regiões do país, promovendo maior alcance da iniciativa.
Direitos e benefícios das Mulheres alistadas
Ao ingressarem nas Forças Armadas, as mulheres assumirão cargos de marinheiras-recrutas, soldados ou soldados de segunda-classe, dependendo da força escolhida. Além da remuneração, elas terão acesso a uma série de benefícios, como:
– Adicional de férias;
– Licença-maternidade;
– Auxílio-alimentação e transporte;
– Assistência à saúde;
– Auxílio pré-escolar;
– Contagem do tempo de serviço para aposentadoria.
Esses direitos são equiparados aos benefícios já garantidos aos homens no serviço militar obrigatório.
Atualmente, cerca de 37 mil mulheres integram as Forças Armadas, representando aproximadamente 10% do efetivo total. Elas atuam majoritariamente em áreas como saúde, ensino e logística. Com a abertura do alistamento militar feminino, espera-se que esse número cresça progressivamente, ampliando a presença feminina em diferentes funções militares.