Em agosto, a arrecadação federal atingiu um novo marco histórico ao alcançar R$ 201,62 bilhões, conforme divulgado pela Receita Federal nesta quinta-feira (19). Esse valor representa um recorde absoluto desde o início da série histórica, iniciada em 1995, e demonstra um expressivo crescimento em relação aos meses anteriores.
Crescimento recorde da arrecadação federal em 2024
Ao longo de 2024, a arrecadação federal acumulada de janeiro a agosto atingiu R$ 1,73 trilhão, o que representa um crescimento de 9,47% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse avanço ressalta a eficácia das medidas implementadas pelo governo para incrementar a receita pública.
O resultado expressivo também marca o melhor desempenho arrecadatório já registrado para o mês de agosto e para o acumulado do ano, desde o início do levantamento realizado pela Receita Federal.
Fatores que contribuíram para o Aumento
Diversos fatores foram determinantes para o crescimento da arrecadação em agosto. O aumento do emprego formal no país contribuiu significativamente, refletindo em um maior recolhimento de impostos previdenciários e do PIS/Pasep.
Além disso, a retomada da tributação sobre o PIS/Cofins nos combustíveis, após um período de isenção, também desempenhou um papel crucial. Outras medidas, como a tributação dos fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior, foram igualmente importantes para este resultado.
Impacto das Políticas do Governo Lula
O governo federal, tem adotado a estratégia de intensificar a arrecadação como uma forma de equilibrar os crescentes gastos públicos. A meta fiscal para 2024 é ambiciosa: zerar o déficit primário. No entanto, mesmo com o sucesso na elevação da receita, as despesas públicas em alta continuam a desafiar os esforços do governo. Esse cenário tem gerado apreensão entre os agentes de mercado, que observam com cautela a responsabilidade fiscal do Executivo.
O mercado financeiro, sempre atento aos movimentos do governo, tem demonstrado preocupações quanto à sustentabilidade fiscal do país. A elevação constante das despesas, sem um ajuste equivalente nas contas públicas, levanta dúvidas sobre a capacidade do governo em atingir a meta fiscal estabelecida.
Analistas sugerem que, embora o aumento da arrecadação seja positivo, ele por si só não será suficiente para reverter o cenário de desequilíbrio fiscal, caso os gastos continuem a crescer de forma descontrolada.