Sêmia Mauad/ Opinião MT
A Polícia Civil afirma que a ordem para o assassinato das irmãs, Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, teria sido dada de dentro da Penitenciária Central do Estado, e por meio de uma videochamada.
A determinação partiu do líder de uma facção criminosa, identificado como “Veio”, que teria mandado os bandidos ainda cortarem os cabelos das mulheres e que fossem cortados também os dedos das vítimas. A penalidade feita pelo tribunal do crime seria porque as irmãs supostamente integrariam facção criminosa rival. Elas teriam feito sinal da facção em uma foto postada juntamente com outro amigo.
Uma das irmãs, segundo a polícia, chegou a deletar a foto, mas ela já estaria “rodando” nos grupos dos integrantes da facção.
As irmãs e dois amigos que estavam com elas em um festival, no último sábado, dia 14 de setembro, foram surpreendidos pelos bandidos que questionavam sobre o envolvimentos deles com facção a criminosa rival. Da festa, os criminosos teriam realizado uma ligação para o líder da facção que determinou a morte das duas.
O líder da facção teria dito que Rayane estaria tentando “tomar o poder” porque ela era candidata a vereadora. Ainda segundo a polícia, os bandidos ainda acharam que o sinal era apenas do estilo musical “rock”. Mesmo assim, o líder ordenou que as irmãs e os amigos fossem levados para o imóvel onde os crimes ocorreram.
Imagens de câmeras de segurança mostram as irmãs, os dois amigos e um grupo caminhando pelas ruas de Porto Esperidião. Uma delas estava sendo segurada no braço por um dos criminosos.
Na casa, as irmãs foram torturadas e mortas a facadas. Um dos amigos conseguiu fugir. O outro teve pedaço da orelha cortada e um dos dedos cortados também.
Dez pessoas chegaram a ser detidas pela polícia pelos crimes, sendo quatro menores.