O opositor venezuelano Edmundo González chegou à Espanha neste domingo, 8 de setembro, após a Justiça da Venezuela decretar sua prisão. A líder María Corina Machado confirmou a chegada de González, que ficará exilado no país europeu.
Chegada à Espanha de Edmundo González
A aeronave da Força Aérea espanhola pousou na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri. Edmundo González, que concorreu contra o ditador Nicolás Maduro nas eleições de julho, deixou Caracas no sábado, 7 de setembro, após solicitar asilo político.
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, confirmou que o regime chavista concedeu salvo-conduto a González. O Ministério das Relações Exteriores da Espanha também confirmou a chegada do opositor. De acordo com a Bloomberg, Edmundo González passou mais de um mês refugiado na Embaixada da Holanda em Caracas após as eleições de 28 de julho. Posteriormente, ele se dirigiu à representação diplomática espanhola.
María Corina Machado justificou o asilo afirmando que a vida de González estava em perigo na Venezuela. Segundo ela, as ameaças crescentes, citações judiciais, ordens de apreensão e tentativas de chantagem demonstram a obsessão do regime chavista em silenciá-lo.
Declarações Oficiais
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou nas redes sociais que o governo espanhol está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos. Delcy Rodríguez mencionou que González deixou o país com o aval do governo venezuelano e que os salvo-condutos necessários foram concedidos para garantir a tranquilidade e a paz política.
A chegada de Edmundo González à Espanha marca um capítulo significativo na luta pela liberdade política na Venezuela. O exílio do opositor reflete as tensões contínuas entre o regime chavista e os defensores da democracia. A comunidade internacional continua a observar de perto os desdobramentos dessa situação, enquanto González busca segurança e liberdade em solo espanhol.