*Sêmia Mauad/ Opinião MT
Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, é ex-policial e acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, em 13 de agosto de 2023.
A ação penal ocorre em sigilo, mas o magistrado Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal da Capital disse que Almir Monteiro irá enfrentar o júri popular pelo feminicídio. O crime chamou a atenção do estado por conta da crueldade.
A pedido da defesa do suspeito, o processo chegou a ser suspenso, porque Almir Monteiro foi submetido a exame de insanidade mental. O laudo teria indicado que o homem teria capacidade de compreensão dos atos cometidos no dia do crime.
O acusado já teria realizado outro exame de insanidade mental em 2016, quando o laudo apontou esquizofrenia paranoide. Entretanto, o promotor de Justiça, Jorge Damante Pereira, da 2ª Promotoria de Justiça Criminal, defende que apesar do transtorno requerer atenção médica, não leva a pessoa a cometer a “atrocidade que ele cometeu”.
COMO O CRIME OCORREU
A advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, conheceu o acusado em um bar, horas antes de ser morta. Ela chegou a acompanhar o suspeito até a casa dele, onde foi abusada sexualmente, espancada e asfixiada. Ela não resistiu e morreu no local.
Diante do assassinato, e para acobertar o crime, o ex-PM decidiu então, lavar o corpo da vítima, a vestiu. Ele usou o carro da própria advogada para levar o corpo dela ao estacionamento de um parque da cidade, onde foi abandonado. O local fica a cerca de 10 km da casa do réu.
Quem encontrou o corpo foi o irmão da advogada. Horas depois do assassinato, a polícia chegou ao suspeito. Ela mantinha um sistema de compartilhamento de localização de celular com uma das filhas.
Quando a polícia chegou a casa do acusado, ele já havia lavado o sangue do local. No momento da abordagem da polícia, ele estava com a namorada.
Almir Monteiro já responde na justiça pelos crimes de roubo majorado, ações por furto qualificado, além de receptação e falsificação de documento.