A Justiça Federal de Curitiba decretou, nesta quinta-feira (18), a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Condenado no âmbito da Operação Lava Jato, Duque deve cumprir pena em regime fechado por um total de 98 anos, conforme sentença transitada em julgado.
Prisão de Renato Duque decretada pela justiça federal
Renato Duque, que ocupou o cargo de diretor de Serviços da Petrobras, teve sua prisão decretada pela Justiça Federal de Curitiba. A decisão baseia-se na sentença definitiva decorrente das investigações da Operação Lava Jato. Duque foi condenado por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, resultando em uma pena acumulada de 98 anos de prisão.
A Operação Lava Jato, conhecida por desmantelar um esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, levou à prisão de diversos executivos e políticos. Renato Duque foi um dos principais alvos das investigações. Em março de 2020, após cumprir cinco anos de prisão, ele foi liberado com tornozeleira eletrônica e se dirigiu ao Rio de Janeiro, onde também possui residência.
Condenações anteriores de Renato Duque
Renato Duque enfrentou sua primeira condenação em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato. Ele foi sentenciado a 20 anos e 8 meses de prisão por associação criminosa.
Na ocasião, Duque estava detido no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Em menos de um ano, durante a 14ª fase da operação, ele recebeu outra condenação, desta vez por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, resultando em uma pena adicional de 20 anos, 3 meses e 10 dias.
A Polícia Federal do Paraná foi informada sobre a não localização de Duque em Curitiba, o que levou ao acionamento da Polícia Federal do Rio de Janeiro. Renato Duque tem endereço registrado também na capital fluminense, onde ele estava desde que deixou a prisão no Paraná com o uso de tornozeleira eletrônica.
A decretação da prisão de Renato Duque representa um marco significativo nas ações da Operação Lava Jato. A operação destacou a corrupção sistêmica dentro da Petrobras, com pagamentos de propinas e desvios de recursos para financiamento político.
O então juiz Sergio Moro, durante a 14ª fase da Lava Jato, afirmou que funcionários da Petrobras, incluindo Duque, estavam envolvidos em esquemas de propinas.