Há exatos dez anos, em 8 de julho de 2014, o mundo do futebol presenciou um dos episódios mais marcantes de sua história: a Alemanha venceu o Brasil por 7 a 1 em plena semifinal da Copa do Mundo, realizada no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte. A derrota, lembrada como o “7X1”, tornou-se um marco na história esportiva, especialmente para a Seleção Brasileira.
7X1 – O início do Pesadelo
No dia 8 de julho de 2014, o Brasil enfrentou a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, carregando a esperança de milhões de torcedores. O que se seguiu foi uma sequência de eventos que surpreendeu o mundo do futebol.
Com apenas dez minutos de jogo, Thomas Müller abriu o placar para a Alemanha. Aos 22 minutos, Miroslav Klose ampliou, tornando-se o maior artilheiro da história das Copas. A partir desse ponto, a Seleção Brasileira sofreu um verdadeiro apagão.
A avalanche Alemã
A partir do segundo gol, a Alemanha desencadeou uma sequência impressionante de gols. Em questão de minutos, Toni Kroos marcou duas vezes, aos 23 e 25 minutos, e Sami Khedira fez o quinto gol aos 28 minutos do primeiro tempo. A equipe brasileira parecia atordoada, incapaz de reagir. O primeiro tempo terminou com um humilhante 5 a 0 para os alemães.
O segundo tempo e a desolação
No segundo tempo, a Alemanha continuou dominando a partida. André Schürrle, que entrou no lugar de Miroslav Klose, marcou mais dois gols aos 23 e 33 minutos, consolidando a goleada.
O Brasil conseguiu marcar um gol de consolação com Oscar aos 44 minutos, mas já era tarde demais. O placar final de 7 a 1 foi um choque para os torcedores brasileiros e para o mundo do futebol.
Comparações Históricas
A derrota por 7 a 1 não foi apenas uma goleada, mas também uma quebra de recordes. Foi a maior derrota sofrida por um país-sede na história das Copas do Mundo. O Brasil superou a Suíça, que em 1954 perdeu por 7 a 5 para a Áustria. Além disso, essa foi a maior derrota da Seleção Brasileira desde 1920, quando o Uruguai venceu por 6 a 0.
A narração da agonia
A cobertura midiática do jogo capturou a incredulidade e o desespero dos torcedores. Frases como “lá vêm eles de novo” e “gol da Alemanha” ditas por Galvão Bueno tornaram-se emblemáticas daquele dia fatídico. As imagens de torcedores chorando e perplexos nas arquibancadas do Mineirão simbolizaram a magnitude do desastre esportivo.
Escalações das duas seleções
Os times que entraram em campo naquela semifinal eram compostos por grandes nomes do futebol mundial. Pelo Brasil, jogaram Júlio César; Maicon, David Luiz, Dante e Marcelo; Luiz Gustavo e Fernandinho (Paulinho); Bernard, Oscar e Hulk (Ramires); Fred (Willian), sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari.
A Alemanha entrou com Neuer; Lahm, Boateng, Hummels (Mertesacker) e Höwedes; Schweinsteiger e Khedira (Draxler); Müller, Kroos e Özil; Klose (Schürrle), comandados por Joachim Löw.
OpiniãoMT: Passados dez anos, o 7 a 1 ainda é uma ferida aberta no coração dos brasileiros e um lembrete eterno da imprevisibilidade do futebol. Aquele dia ficará para sempre gravado na memória coletiva do esporte, não apenas como uma derrota, mas como um evento que redefiniu expectativas e estratégias dentro e fora de campo.
Para a Alemanha, foi a confirmação de sua força e habilidade; para o Brasil, uma lição dolorosa, mas talvez necessária, de humildade e superação.