Após mais de dois meses de paralisação, docentes e técnicos administrativos das universidades e institutos federais brasileiros decidiram encerrar a greve. A decisão foi tomada no fim de semana, após a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciarem o acordo com o governo federal.
Greve nas universidades e IFs
O fim da greve nas universidades federais está previsto para ocorrer entre o dia 26 de junho e 3 de julho. Já nos institutos federais, a data ainda não foi definida, pois a federação que representa os técnicos administrativos, a Fasubra, ainda não se posicionou oficialmente sobre o acordo.
As principais reivindicações da categoria eram reajuste salarial, revogação de portarias do governo Bolsonaro e fim de instruções normativas que limitavam progressões. O governo, por sua vez, ofereceu reajuste salarial a partir de 2025, revogação da portaria 983 (que aumentava a carga horária dos docentes) e fim da instrução normativa 66 (que limitava promoções e progressões).
Apesar do acordo, a Fasubra ainda critica o governo por ter dado um prazo curto para que as bases discutissem as propostas. A federação afirma que precisa de mais tempo para realizar assembleias e ouvir a opinião dos técnicos administrativos em todo o país.
Normalização do ensino
Mesmo com a greve chegando ao fim, a Fasubra ainda não descarta a possibilidade de retomar a paralisação no futuro. A federação afirma que continuará vigilante e cobrará do governo o cumprimento das promessas feitas no acordo.
A retomada das aulas nas universidades e institutos federais será gradual e dependerá da organização de cada instituição. É importante que os alunos consultem os sites das suas instituições para saberem quando as aulas voltarão ao normal.
O fim da greve é um importante passo para a normalização do ensino superior no Brasil. No entanto, ainda há muitos desafios a serem enfrentados, como a falta de recursos e a precarização das condições de trabalho.