*Sêmia Mauad/ Opinião MT
O vereador de Cuiabá, Marcus Brito Júnior do PV, negou envolvimento com uma facção criminosa durante discurso na tribuna da Câmara Municipal. O nome do político foi citado durante inquérito policial. O vereador se explicou dizendo que “em nenhum momento teve sigilos quebrados, e que não foi alvo”. Ele ainda destacou que “completa 2 anos que essa pessoa não é mais meu assessor, mas não nego que ele representou sim nosso gabinete”.
A Operação Ragnatela investiga a cooptação de agentes públicos que liberaram alvarás e licenças para realização de shows. As apresentações seriam contratadas por membros de uma facção criminosa.
O vereador se colocou à disposição da Comissão de Ética da Câmara para dar explicações quanto às acusações.
O CASO
A Polícia Federal identificou 11 movimentações financeiras entre o parlamentar e o ex-assessor dele que foi preso, Elzyo Jardel Pires. O montante é de quase R$ 18 mil reais. Elzyo atuou com o parlamentar antes de passar a assessorar o vereador Paulo Henrique do MDB.
A respeito das movimentações financeiras, Marcus Brito Júnior ressaltou que transferia recursos para o ex-assessor por conta dos trabalhos que eram realizados externamente relacionados a assistência social: “Temos um calendário de dia das mães, páscoa, sopão que gasto com meu salário. Não aceito ser colocado no mesmo bojo que os investigados”.
Para o vereador a divulgação de seu nome na operação pode ter cunho político. O caso segue sendo investigado pela polícia.