O setor de combustíveis enfrenta um cenário de incertezas com a perspectiva de reajustes nos preço dos combustíveis a partir de terça-feira (11). A medida está atrelada à Medida Provisória (MP) 1227/24, que altera a compensação de créditos de PIS/Cofins, impactando diretamente na margem de lucro das distribuidoras.
Mudança Tributária impacta o preço dos combustíveis
A MP 1227/24, editada pelo governo federal, visa compensar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e pequenos municípios. No entanto, a medida gera impactos no setor de combustíveis, limitando o ressarcimento e a utilização de créditos de PIS/Cofins para abater outros tributos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), essa mudança tributária pode resultar em um aumento de R$ 10 bilhões para as empresas do ramo, o que se traduz em um reajuste nos preços da gasolina e do diesel. A previsão é de um aumento entre 4% e 7% para a gasolina, e entre 1% e 4% para o diesel, o que significa um acréscimo de R$ 0,20 a R$ 0,36 por litro na gasolina e de R$ 0,10 a R$ 0,23 por litro no diesel.
A rede Ipiranga já oficializou o reajuste em seus preços, a partir de 11 de junho. A expectativa é que outras distribuidoras sigam o mesmo caminho nos próximos dias. O valor exato do reajuste ainda é incerto e pode variar entre as empresas, mas a estimativa inicial é de um aumento de R$ 0,30 por litro na gasolina e R$ 0,23 no diesel.
Impacto no Consumidor Final
O aumento no preço dos combustíveis deve impactar diretamente o bolso do consumidor final, afetando o orçamento familiar e o custo de vida. O setor de transporte também será afetado, o que pode levar a um aumento no preço do frete e, consequentemente, dos produtos em geral.
O reajuste nos preços dos combustíveis é um reflexo da complexa conjuntura econômica do país. A medida do governo federal, embora necessária para garantir a sustentabilidade fiscal, gera impactos negativos no setor de combustíveis e na vida da população. É importante que o governo busque alternativas para minimizar esses impactos e garantir a competitividade do setor, além de proteger o poder de compra do consumidor final.