A disputa política entre o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e o governador do estado, Mauro Mendes, ganhou mais um capítulo hoje, após uma audiência de conciliação por videoconferência que terminou sem nenhum acordo. O cerne da questão envolve acusações mútuas e pedidos de indenização por danos morais, destacando um cenário de acirrada rivalidade política.
Emanuel Pinheiro: Acusações e Processos
Durante a audiência realizada na terça-feira (30), Emanuel Pinheiro buscou reparação na justiça ao pedir R$ 40 mil de indenização por danos morais devido a comparações feitas por Mauro Mendes que o associaram a um “ladrão de banco”. Essas declarações foram feitas em março durante uma entrevista, quando Mendes criticou uma licitação da prefeitura cuiabana para o aluguel de lâmpadas LED, insinuando uma tentativa de desvio de dinheiro público.
Mauro Mendes, por sua vez, não recuou em suas afirmações. Em sua visão, as ações da administração de Emanuel configuram graves falhas éticas e administrativas. Além disso, em fevereiro, Mendes descreveu o prefeito como “fanfarão e mentiroso”, ampliando as críticas ao abordar a gestão de Emanuel como uma das “piores da história”, marcada por escândalos de corrupção, especialmente na secretaria de saúde e uma administração considerada caótica.
Além de Mauro Mendes, outras figuras políticas foram arrastadas para o conflito. Emanuel também processou a primeira-dama, Virginia Mendes, e o vereador por Cuiabá, Dilemário Alencar (Podemos), acusando-os de ataques à sua honra e imagem. No entanto, essas ações foram arquivadas, mantendo o foco do embate legal entre o prefeito e o governador.
Após o impasse na audiência de conciliação, foi concedido a Mauro Mendes um prazo de cinco dias úteis para apresentar uma defesa formal, sob a advertência de que a falta de resposta poderia levar à aceitação dos fatos alegados por Emanuel como verdadeiros.
A treta continua…
O cenário político de Cuiabá continua tensionado, com Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes em lados opostos de uma disputa que parece estar longe de encontrar uma resolução. Este confronto não apenas sublinha as rivalidades existentes dentro da política local, mas também projeta desafios significativos para a governança da capital mato-grossense.
A falta de consenso e a continuação das disputas judiciais sugerem que mais desenvolvimentos são esperados, enquanto ambos os lados preparam suas próximas jogadas.