Um crime cruel e inimaginável chocou a comunidade de Apiacás, no Mato Grosso. Um menino de apenas sete anos foi brutalmente torturado pelo padrasto e pela sua própria mãe, simplesmente, por ter feito xixi na cama. O caso, que foi registrado pela Polícia Civil, revela a face cruel da violência contra crianças e a omissão de cuidados por parte de quem deveria protegê-las.
Crime hediondo foi denunciado ao Conselho Tutelar
Na segunda-feira (22 de abril), o Conselho Tutelar de Apiacás recebeu um registro de ocorrência informando que uma criança havia dado entrada no hospital municipal com graves ferimentos na área genital. A vítima, um menino de sete anos, foi levado ao hospital pela própria mãe, uma mulher de 25 anos.
De acordo com relatos dos médicos, o menino teve o órgão genital amarrado com um barbante por três dias como forma de castigo por ter feito xixi na cama. A crueldade da tortura resultou em necrose do órgão e colocou a vida da criança em risco, com a possibilidade de amputação.
Em seu depoimento à Polícia Civil, o menino relatou que a tortura foi realizada pelo padrasto, com o conhecimento e anuência da própria mãe. A omissão da genitora, que deveria protegê-lo, agrava ainda mais a situação e configura crime de negligência e omissão de socorro.
Diante da gravidade dos fatos, a Polícia Civil agiu com rapidez e prendeu o casal em flagrante. A mãe da criança foi detida na delegacia de Apiacás, enquanto o padrasto, um pastor de 43 anos, foi preso em Alta Floresta.
Casal responderá por crime de tortura mediante castigo
A delegada Paula Meira Barbosa, responsável pelo caso, informou que o casal responderá pelo crime de tortura mediante castigo, previsto no Código Penal Brasileiro. A pena para este crime pode variar de dois a oito anos de reclusão.
OpiniãoMT: A brutalidade do crime cometido contra o menino de sete anos em Apiacás serve como um alerta para a necessidade de medidas mais contundentes no combate à violência contra crianças. É fundamental que os órgãos de proteção à infância estejam atentos e atuem de forma eficaz para garantir a segurança e o bem-estar das crianças.
A omissão e a negligência por parte de familiares, como no caso da mãe da vítima, não podem ser toleradas e devem ser punidas com rigor pela lei.