Várzea Grande, importante polo industrial de Mato Grosso, figura entre as oito cidades brasileiras com os piores índices de saneamento básico, revela um estudo do Instituto Trata Brasil. A análise, que incidiu sobre as 100 cidades mais populosas do país, apontou que Várzea Grande foi a que menos investiu em saneamento básico em 2022.
O estudo avaliou critérios como a qualidade e a eficiência do serviço de saneamento, o nível de desperdício de água e os investimentos realizados no setor. Em contraste, a capital mato-grossense, Cuiabá, destacou-se como uma das três cidades com maiores aportes em saneamento no mesmo período.
Destaca-se também no relatório que a maior parte das cidades bem avaliadas em termos de acesso a água tratada e serviços de esgoto localiza-se nos estados de São Paulo e Paraná, alinhadas ao Novo Marco Legal do Saneamento Básico.
A nível nacional, o cenário ainda é crítico: mais de 32 milhões de brasileiros carecem de acesso à água potável e cerca de 90 milhões estão sem serviço de coleta de esgoto. Os dados mostram uma evolução tímida na cobertura desses serviços, com pequenos aumentos percentuais na coleta e tratamento de esgoto.
A pesquisa ressalta a disparidade de investimentos em saneamento entre as cidades, variando significativamente per capita. Enquanto a média de investimento nas cidades melhor avaliadas foi de R$ 201,47, nas menos eficientes foi apenas R$ 73,85 por habitante.
O estudo ainda destaca as cidades que mais e menos investiram em saneamento básico, com Várzea Grande posicionando-se no extremo inferior da lista. Esses números refletem a grande desigualdade de investimentos no setor, evidenciando a necessidade de ações mais assertivas para melhorar o saneamento básico nas áreas mais carentes do país.
Fonte: UOL