*Sêmia Mauad/ Opinião MT
A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, em conjunto com a Polícia Civil de Goiás, deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 22 de maio, a operação Broker Phantom, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em estelionato e lavagem de dinheiro com atuação em todo o território nacional.

As investigações apontaram um esquema sofisticado baseado em técnicas de engenharia social e no uso de plataformas de comércio eletrônico para aplicar golpes, especialmente o chamado “golpe do intermediário”.
Foi identificado que o grupo criminoso criou ao menos 144 anúncios falsos utilizando mais de 40 contas, com perfis fictícios, para induzir vítimas a realizarem transferências bancárias para contas de terceiros, frequentemente em nome de “laranjas”. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 2 milhões.

A investigação, conduzida pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF/DEIC) da Polícia Civil de Goiás, resultou na expedição de 157 ordens judiciais, cumpridas nos estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina.
A operação mobiliza mais de 400 policiais dos quatro estados envolvidos. Estão sendo cumpridos 78 mandados de busca e apreensão domiciliar, 59 mandados de prisão temporária, 18 de prisão preventiva, além da execução de quebras de sigilo telemático e telefônico, e do sequestro de bens até o limite do prejuízo estimado.
No estado de Mato Grosso, são cumpridas 74 ordens judiciais, sendo 37 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Diamantino e São José do Rio Claro.
As investigações continuam com a análise do material apreendido e das informações obtidas por meio das quebras de sigilo, com o intuito de identificar outros integrantes da organização, esclarecer o grau de envolvimento de cada um e buscar a recuperação dos valores desviados.