*Sêmia Mauad/ Opinião MT
A Polícia Civil, deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 08 de maio a Operação “Poço sem fundo”, com o objetivo de apurar suposto desvio de dinheiro por empresas, ex-servidores e servidores da Metamat, na construção de poços artesianos, que deveriam ter sido construídos em comunidades rurais. O esquema de corrupção pode chegar a R$ 22 milhões de reais em desvios.
Alguns dos alvos da operação são o ex-deputado estadual e diretor administrativo da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), Wagner Ramos (União Brasil), o diretor técnico Francisco Holanildo Silva Lima e o ex-presidente da companhia, Juliano Jorge Boracymski, que atua agora como servidor comissionado da Assembleia Legislativa. Ele é irmão de Romoaldo Júnior, ex-deputado que morreu em março de 2024.
A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) investiga o caso após receber denúncia do próprio governo do estado. O grupo criminoso atuaria na Metamat entre os anos de 2020 e 2023. Os investigados fraudavam a execução de contratos para a perfuração de poços artesianos.
A polícia cumpre de 226 ordens judiciais contra investigados que integram associação criminosa instalada na Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat).
Os mandados foram expedidos contra seis empresas, além de 24 pessoas, entre servidores, ex-servidores e empresários, que estão sendo investigadas de participar do crime.
A polícia cumpre mandados de busca e apreensão, sequestro de 49 imóveis, de 79 bens móveis, além de bloqueio de valores das contas dos investigados e das empresas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra. É importante ressaltar ainda que outras medidas cautelares são cumpridas, como afastamento de função pública uma vez que servidores possam estar envolvidos.