A Intel, gigante do setor de tecnologia, anunciou um plano de reestruturação que resultará na demissão de cerca de 22 mil colaboradores em todo o mundo. A decisão, que afeta aproximadamente 20% da força de trabalho global da empresa, está diretamente ligada a medidas estratégicas para redução de custos e à crescente adoção de inteligência artificial (IA) como parte central das operações.
Intel promove reestruturação global com cortes significativos
A reestruturação da Intel foi divulgada inicialmente pela agência Bloomberg e representa um dos maiores cortes de pessoal da história recente da empresa. A medida visa economizar até US$ 10 bilhões nos próximos anos, segundo fontes internas. A nova direção sob comando do CEO Lip-Bu Tan, recém-nomeado ao cargo, aponta para uma mudança drástica na estrutura organizacional da companhia.
Os cortes foram descritos como uma forma de eliminar ineficiências burocráticas e tornar os processos mais ágeis diante de um cenário tecnológico em constante transformação. O uso crescente de inteligência artificial tem sido citado como fator determinante nesse movimento.
Estratégia da nova liderança prioriza a inteligência artificial
A transição de comando para Lip-Bu Tan trouxe mudanças imediatas na abordagem da Intel em relação à sua produção e gestão. Informações da agência Reuters revelam que o executivo já vinha considerando, desde o mês passado, alterações nas estratégias de fabricação de chips e integração da IA em diversas áreas.
Tan destacou a necessidade de reduzir camadas hierárquicas que vinham atrasando decisões importantes. Em um comunicado recente aos funcionários, ele mencionou que “decisões difíceis” precisariam ser tomadas para garantir o futuro competitivo da empresa.
Setor de tecnologia sente impacto da automação
A onda de demissões na Intel reflete uma tendência crescente no setor de tecnologia, onde a inteligência artificial começa a assumir papéis cada vez mais relevantes nos fluxos de trabalho. O impacto da automação não se limita a áreas operacionais, atingindo também níveis gerenciais e estratégicos.
Especialistas apontam que movimentos semelhantes devem ocorrer em outras empresas do setor, à medida que a IA se consolida como uma ferramenta indispensável para otimização de recursos e aumento da produtividade.