O ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente internado em um hospital privado em Brasília, apresenta evolução positiva no seu quadro de saúde, conforme informações médicas divulgadas nesta quarta-feira (16). No terceiro dia de internação, ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde continua realizando sessões de fisioterapia motora e respiratória, fundamentais no processo de reabilitação pós-operatória.
Internação na UTI continua sem previsão de alta
Segundo o boletim médico oficial, Bolsonaro segue sob observação contínua na UTI, sem apresentar dores, sangramentos ou outras complicações desde a realização da cirurgia. A equipe médica informou que, apesar da boa resposta clínica, ainda não há previsão de alta hospitalar. O hospital também reforçou a recomendação de que o ex-presidente não receba visitas neste momento, a fim de preservar sua recuperação.
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As sessões de fisioterapia aplicadas têm como objetivo prevenir complicações respiratórias e estimular a mobilidade do paciente. As atividades incluem caminhada assistida fora do leito e exercícios de respiração, essenciais para acelerar a recuperação e reduzir os riscos associados ao longo período de repouso.
Cirurgia durou mais de 11 horas e foi a sétima desde 2018
O procedimento cirúrgico, realizado no último domingo (13), teve duração superior a 11 horas. A cirurgia foi necessária devido a complicações intestinais decorrentes do atentado a faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, em Juiz de Fora (MG). Este foi o sétimo procedimento cirúrgico realizado pelo ex-presidente desde o episódio.
O cardiologista Leandro Echenique destacou que, após cirurgias extensas como a de Bolsonaro, o corpo pode apresentar um quadro inflamatório mais acentuado, o que exige atenção redobrada com sinais vitais como a pressão arterial e possíveis infecções. A alimentação do ex-presidente, por ora, está sendo realizada por via venosa.
O chefe da equipe médica responsável pela cirurgia, Cláudio Birolini, explicou que a alimentação oral só será retomada após a desinflamação completa do intestino. Segundo ele, o ritmo de recuperação esperado é lento, justamente para evitar sobrecarga no sistema digestivo.